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Ferramentas e documentos em desenvolvimento no IPT poderão contribuir com estratégias para proteção e gestão de florestas

IPT desenvolve ferramenta para gestão em tempo real e plano preventivo com foco na redução de impactos socioambientais da queda de árvores e proteção de florestas

Divulgação, IPT

Fonte

IPT | Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

Data

quinta-feira, 5 maio 2022 20:20

Áreas

Cidades. Ciência Ambiental. Conservação. Ecologia. Engenharia Florestal. Geografia. Gestão Ambiental. Políticas Públicas. Recursos Naturais. Sociedade.

As florestas naturais podem ser reservas privadas ou equipamentos públicos, como parques urbanos e lineares. Quando há atributos naturais e paisagísticos significativos, as florestas naturais podem se tornar áreas protegidas públicas ou privadas, como as unidades de conservação, que são áreas asseguradas e normatizadas pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), que destina a elas dois tipos de uso: o de Proteção Integral, como é o caso dos parques nacionais, estaduais e municipais, cujos objetivos básicos são a manutenção dos ecossistemas através de seu uso indireto, ou seja, sem consumo, coleta ou dano dos recursos naturais; e o Uso Sustentável, como é o caso das áreas de proteção ambiental (APAs) e reservas particulares do patrimônio natural (RPPNs), que possibilitam o uso direto com coleta e uso, comercial ou não, dos recursos naturais.

Segundo o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação,há no Brasil 2.528 dessas Unidades de Conservação (UCs), ou seja, áreas protegidas que vão muito além da noção de floresta. “A Mata Atlântica reúne o maior número dessas áreas protegidas, seguido pelo Cerrado, Amazônia, Caatinga, Pampas e o Pantanal. As diferenças físicas e ecológicas entre esses biomas, terrestres ou marinhos, destacam o Brasil como o país de maior biodiversidade do planeta. A riqueza de espécies está muitas vezes associada à existência de florestas protegidas, como é o caso das Unidades de Conservação encontradas na Amazônia e na Mata Atlântica, altamente expressivas devido à sua função, estrutura e complexidade ecológica”, explicou Mariana Hortelani Carneseca Longo, pesquisadora da Seção de Planejamento Territorial, Recursos Hídricos, Saneamento e Florestas, na unidade de negócios Cidades, Infraestrutura e Meio Ambiente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). “Quanto à conservação e proteção das florestas e outros ambientes naturais, o IPT vem trabalhando na elaboração de estudos para apoiar a criação de Unidades de Conservação, seus respectivos planos de manejo e revisão, principalmente na esfera municipal”, complementou a pesquisadora.

Os estudos do IPT compreendem diversos aspectos relacionados às unidades de conservação. Na proteção de florestas, Mariana Longo relacionou projetos e estudos com foco na recuperação e restauração ecológica de áreas degradadas: “O IPT desenvolveu um método para diagnóstico das áreas que necessitam de alguma ação para melhoria das condições ambientais, resultando na elaboração de protocolos contendo chaves de tomada de decisão para orientar os projetos de restauração ecológica, com base nos métodos de recuperação mais adequados às situações ambientais diagnosticadas. Com esse escopo foram realizados trabalhos para os municípios de Limeira (SP) e Garça (SP), financiados pelo Programa de Apoio Tecnológico aos Municípios (Patem), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e também para empresas de mineração que necessitavam de recomendação de melhores práticas de restauração da vegetação, visando ao retorno da função ecológica em áreas que sofreram alguma intervenção.”

Uma ferramenta para gestão de florestas urbanas em tempo real está em desenvolvimento pela equipe do IPT, em uma pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). A ferramenta servirá para apoiar a tomada de decisão pelos gestores e, consequentemente, permitirá aos municípios oferecer melhor qualidade de vida à população. “O projeto se enquadra no tema cidades inteligentes e sustentáveis porque não há cidades que não tenham árvores e áreas verdes em condições urbanas, sendo imprescindível a gestão adequada desses atributos, trazendo como benefícios a redução do risco de queda de árvores e todos os acidentes correlacionados, e a melhoria para a cidade e população por meio do aproveitamento das funções características das áreas verdes e fragmentos florestais como, por exemplo, redução de inundações, preservação da fauna, redução dos níveis de poluentes atmosféricos, entre outros benefícios”, explicou Mariana Longo.

Outro projeto, em parceria com a Defesa Civil de Santos visa à elaboração do Plano Preventivo da Defesa Civil para Florestas Urbanas, que contempla os elementos da arborização, maciços arbóreos e fragmentos florestais. “O objetivo deste projeto é estabelecer critérios que permitam a produção antecipada de alertas quando houver previsão de eventos extremos, que possam resultar em danos à vegetação arbórea e riscos à população e à infraestrutura das cidades”, concluiu a pesquisadora.

Acesse a notícia completa na página do Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

Fonte: Instituto de Pesquisas Tecnológicas. Imagem: Floresta urbana de Apiaí. Fonte: Divulgação, IPT.

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