Notícia

Estudo procura entender efeito integrado de fatores ambientais na emissão VOCs da floresta

Um dos principais VOCs liberados pela vegetação amazônica é o isopreno

Divulgação

Fonte

INPA | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Data

segunda-feira, 4 fevereiro 2019 12:00

Áreas

Clima, Pesquisa, Qualidade do Ar.

Sabe quando você esfrega uma folhinha de manjericão e sente aquele cheiro gostoso? A floresta também faz isso. Em resposta ao estresse oxidativo, a floresta amazônica emite para a atmosfera muitos cheiros e substâncias químicas conhecidos como compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês) que afetam a qualidade do ar, interferem no processo de formação de nuvens e chuvas e no ecossistema florestal. Um dos principais VOCs liberados pela vegetação amazônica é o isopreno, um gás sem cheiro e invisível, o primeiro a ser sintetizado dentro da via responsável por inúmeros compostos.

Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Ciências de Florestas Tropicais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (CFT/Inpa/MCTIC), em parceria com outras instituições, buscou entender o efeito dos impactos de fatores ambientais (radiação, temperatura e CO2) e suas interações sobre a síntese e emissão dos VOCs liberados pelas folhas de algumas espécies tropicais, e comparar com algumas espécies mais representativas encontradas em regiões temperadas na Estônia, país a nordeste da Europa.

O trabalho “Alternative carbon sources for isoprene emission” foi publicado recentemente na revista científica Trends in Plant Science e é parte da tese de doutorado de Vinícius Fernandes de Souza, atualmente pesquisador pós-doc integrante do grupo de Química Aplicada à Tecnologia da Escola Superior de Tecnologia da Universidade do Estado do Amazonas (EST/UEA), liderado pelo professor Dr. Sergio Duvoisin Junior. O Dr. Souza foi orientado pelo coordenador do Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Vegetal da Coordenação de Dinâmica Ambiental (LBFV/Codam/Inpa), o pesquisador Dr. José Francisco Gonçalves.

De acordo com o Dr. Souza, são conhecidos cerca de 1.700 VOCs, alguns emitidos por todas as plantas. Os estudos desse grupo de cientistas concentraram-se no metabolismo secundário, no qual apenas alguns grupos de plantas emitem determinados VOCs, que exercem inúmeras funções biológicas e ecológicas, incluindo atração de polinizadores e dispersores de sementes, defesa contra herbivoria e patógenos, sinalização entre plantas e proteção contra estresse abióticos.

Além disso, devido à alta reatividade desses compostos, podem ter fortes implicações na qualidade do ar, afetando as concentrações de monóxido de carbono, metano e ozônio, entre outros compostos, e dessa forma influenciando o clima do planeta. “Tendo em vista que uma das grandes preocupações da humanidade hoje é a questão do aquecimento global, o nosso objetivo é tentar entender como os fatores ambientais podem afetar a síntese e emissão desses compostos orgânicos voláteis”, explicou o pesquisador da UEA.

Acesse a notícia completa na página do INPA.

Fonte: Redação, INPA. Imagem: Fernanda Farias, Cimone Barros e pesquisadores, INPA.

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