Notícia
Estudo explora relação entre incêndios e períodos de chuva em Mato Grosso do Sul
Pesquisa contribui para incrementar os estudos climatológicos em MS
Prof. Dr. Paulo Teodoro , UFMS
Fonte
UFMS | Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Data
sexta-feira, 20 dezembro 2019 15:15
Áreas
Ciência Ambiental. Clima. Gestão Ambiental. Políticas Públicas. Queimadas.
O artigo intitulado “Fire foci related to rainfall and biomes of the state of Mato Grosso do Sul, Brazil” (Focos de fogo relacionados às chuvas e biomas do estado de Mato Grosso do Sul, Brasil) foi publicado no último volume da revista científica Agricultural and Forest Meteorologic. A publicação internacional tem como tema principal as inter-relações entre meteorologia, agricultura, silvicultura e ecossistemas naturais.
“Investigamos a chuva e os incêndios nos biomas de MS por 16 anos e verificamos que houve uma tendência estatística de aumento do número de focos de calor. Por outro lado, não registramos tendência de mudanças para a chuva”, comenta o pesquisador do campus da UFMS em Chapadão do Sul, Dr. Paulo Eduardo Teodoro. Ele atua nos cursos de Agronomia e Engenharia Florestal e com um grupo de 12 pesquisadores de outras instituições desenvolveram o trabalho, que contribui para incrementar os estudos climatológicos em MS, ainda pouco explorados. “Temos características climáticas e de solo diferentes distribuídas em três biomas: Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. Os dados referentes aos focos de incêndio e precipitação foram obtidos em escala anual e coletados em 15 municípios”, explica o Dr. Paulo Teodoro. No mapa abaixo é possível observar a área queimada acumulada em 2004, 2005, 2007 e 2015 nos diferentes biomas.
Fonte: Prof. Dr. Paulo Eduardo Teodoro
O professor Paulo Teodoro explica que o grupo de pesquisas está consolidado e tem publicado trabalhos em outros periódicos nesta linha: “Temos um grupo forte junto aos professores José Francisco de Oliveira Junior, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), e Dr. Carlos Antônio Silva Junior, da Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT)”.
“O professor José é climatologista e atua na área de fenômenos meteorológicos. Já o professor Carlos é da área de sensoriamento remoto e é responsável pelo processamento e elaboração dos mapas para especialização dos resultados. Eu contribuo na parte de processamento de dados e interpretação dos resultados por meio de técnicas não paramétrica e multivariada”, acrescenta o pesquisador da UFMS. Ele explica que começou a trabalhar com os dois pesquisadores, especialmente, na época de conclusão do curso de Agronomia na UEMS.
De acordo com os pesquisadores, o bioma que apresentou a maior ocorrência de focos de chuva e fogo foi o Pantanal. “Os maiores registros de focos de incêndio no Pantanal são causados por períodos mais longos de seca e atividades baseadas na agropecuária extensiva”, destaca o Dr. Paulo. Segundo ele, foi observada uma tendência de crescimento positivo na ocorrência de fotos de incêndio nos três biomas estudados. “O risco de incêndios no país é grande, por isso é necessário estabelecer políticas públicas para mitigar a sua ocorrência, em especial os que são provocados por práticas inadequadas”, concluiu o pesquisador.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Vanessa Amin, UFMS. Imagem: Prof. Dr. Paulo Teodoro , UFMS.
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