Notícia

Doença de Parkinson pode estar ligada ao gene alvo da toxina de algas verde-azuladas

Descobertas aumentam a compreensão dos fatores de risco ambientais sobre a doença de Parkinson

Pixabay

Fonte

Universidade de Queensland

Data

sexta-feira, 13 março 2020 12:40

Áreas

Biologia. Saúde.

Cientistas descobriram uma possível ligação entre a doença de Parkinson e um gene afetado por uma neurotoxina encontrada em algas verde-azuladas.

O Dr. Jacob Gratten, cientista da Universidade de Queensland, na Austrália, afirmou que as descobertas aumentaram a compreensão dos fatores de risco ambientais sobre a doença de Parkinson. “Procuramos um vínculo entre [a doença de] Parkinson e as mudanças no genoma humano que controlam como os genes são ativados e desativados, porque essas mudanças podem ser influenciadas pelo meio ambiente. Encontramos um gene, anteriormente não conhecido por estar ligado ao Parkinson, que exibia atividade reduzida em pessoas com a doença. Esse mesmo gene é conhecido por ser alvo de uma neurotoxina de algas verde-azuladas”, explicou e pesquisador.

As algas verde-azuladas são encontradas nas vias navegáveis ​​interiores e representam um risco para a saúde de pessoas, animais domésticos e animais que entram em contato com a proliferação de algas tóxicas.

A equipe de pesquisa da Universidade de Queensland fez a descoberta em colaboração com o professor Dr. George Mellick, da Universidade Griffith, também na Austrália, e colegas de Nova Gales do Sul e Nova Zelândia. As descobertas são o resultado de mais de uma década de pesquisas.

As neurotoxinas liberadas pelas algas verde-azuladas reduzem a atividade do gene identificado no estudo. Os pesquisadores preveem que isso pode levar a níveis mais altos de estresse oxidativo nas células nervosas associadas à doença de Parkinson, o que pode levar à morte celular.

O Dr. Gratten explicou que, embora o estudo não forneça uma ligação direta com a doença de Parkinson, as algas verde-azuladas já haviam sido associadas a outras doenças neurodegenerativas, como a doença do neurônio motor. “Isso nos dá confiança de que estamos caminhando na direção certa para entender as causas ambientais da doença de Parkinson”, disse o especialista.

O professor Dr. Peter Visscher, geneticista do Instituto de Biociência Molecular da Universidade de Queensland, que co-liderou o estudo, disse que a doença de Parkinson afeta 1 em cada 100 pessoas com mais de 60 anos de idade e esse número deve dobrar até 2040 à medida que a população envelhece.

“Esta doença destrói vidas e devasta famílias, por isso estamos determinados a desvendar o mistério por trás da doença de Parkinson. É necessário mais trabalho para confirmar nossas descobertas e explorar outras possíveis explicações para a ligação entre esse gene e a doença de Parkinson, como pesticidas”, concluiu o professor Peter Visscher.

Os resultados foram publicados na revista científica Nature Communications.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Queensland (em inglês).

Fonte: Universidade de Queensland. Imagem: Pixabay.

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