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Dados digitais disponíveis on-line e Inteligência Artificial podem ajudar a monitorar a biodiversidade

Informações postadas on-line poderiam ser usadas para gerar informações sobre a biodiversidade e sua conservação

Freepik

Fonte

Universidade de Helsinque

Data

segunda-feira, 19 fevereiro 2024 11:45

Áreas

Biodiversidade. Biologia. Ciência Ambiental. Ciência de Dados. Conservação. Ecologia. Educação Ambiental. Engenharia Ambiental. Engenharia Florestal. Geografia. Informação e Redes Sociais. Inteligência Artificial. Monitoramento Ambiental. Sustentabilidade. Zoologia.

“Acho incrível que imagens e comentários que as pessoas postam on-line possam ser usados para inferir mudanças na biodiversidade”, disse a Dra. Andrea Soriano-Redondo, autora principal de um novo artigo publicado na revista científica Plos Biology e pesquisadora da o Laboratório de Ciências Interdisciplinares da Conservação da Universidade de Helsinque, na Finlândia.

Cientistas da Universidade de Helsinque e de várias instituições de todo o mundo propuseram uma estratégia para a integração de dados digitais on-line de plataformas de comunicação social para complementar os esforços de monitorização e ajudar a enfrentar a crise global da biodiversidade à luz do Kunming-Montreal Global Biodiversity Framework. O Dr. Richard Ladle, professor da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), também é coautor do estudo.

“Os dados digitais on-line, como os dados das redes sociais, podem ser usados para reforçar as avaliações existentes sobre o estado e as tendências da biodiversidade, as pressões sobre ela e as soluções de conservação que estão sendo implementadas, bem como para gerar novos conhecimentos sobre as interações homem-natureza”, afirmou a Dra. Andrea Soriano-Redondo.

“As fontes mais comuns de dados de biodiversidade on-line incluem páginas web, meios de comunicação social, redes sociais, plataformas de compartilhamento de imagens e vídeos, e livros e enciclopédias digitais. Esses dados, por exemplo, dados geolocalizados de distribuição, podem ser filtrados e processados por pesquisadores para direcionar questões de pesquisa específicas e são cada vez mais usados para explorar processos ecológicos e para investigar a distribuição, tendências espaço-temporais, fenologia, interações ecológicas ou comportamento de espécies ou assembleias. e os seus impulsionadores de mudança”, continuou a pesquisadora.

Os dados gerados quase em tempo real poderiam ser continuamente integrados com outros conjuntos de dados de biodiversidade recolhidos de forma independente e utilizados para aplicações em tempo real.

“Dados relevantes para a avaliação do risco de extinção de espécies ou de colapso de ecossistemas, por exemplo, poderiam ser mobilizados nos fluxos de trabalho para gerar a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas e a Lista Vermelha de Ecossistemas da IUCN”, disse o Dr. Thomas Brooks, cientista-chefe da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e coautor do artigo.

Os dados sobre o comércio ilegal de vida selvagem também poderiam ser integrados com o banco de dados comercial da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora Selvagens (CITES) ou com a Análise de Registros Comerciais de Flora e Fauna no Comércio (TRAFFIC).

Os dados digitais on-line também podem ser usados para explorar as interações entre o homem e a natureza a partir de múltiplas perspectivas. “Utilizamos com sucesso dados das redes sociais para identificar casos de comércio ilegal de vida selvagem. Há um grande potencial para usar estes dados para fornecer novos insights sobre as interações homem-natureza e como elas moldam, tanto positiva quanto negativamente, a conservação da biodiversidade”, afirmou o Dr. Enrico Di Minin, coautor sênior do artigo e professor da Universidade de Helsinque.

“A tecnologia necessária para implementar o trabalho está disponível, mas exigirá o aproveitamento de conhecimentos de vários setores e disciplinas acadêmicas, bem como a colaboração de empresas de mídia digital. Mais importante ainda, precisamos garantir o acesso total aos dados para maximizar todo o seu potencial para ajudar a enfrentar a crise global da biodiversidade e outros desafios de sustentabilidade”, concluiu o pesquisador.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Helsinque (em inglês).

Fonte: Universidade de Helsinque. Imagem: Freepik.

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