Notícia

Consórcio desenvolve minicentral elétrica para cogeração de energia a partir de biomassa

A cogeração de energia consiste na produção simultânea de duas formas de energia, queimando um único combustível, fóssil ou não, e caracteriza-se por ser uma forma mais econômica, eficiente e sustentável do que os métodos tradicionais de geração independente

Cristina Pinto, FCTUC

Fonte

UC | Universidade de Coimbra

Data

terça-feira, 29 outubro 2019 14:00

Áreas

Energia, Gestão Ambiental, Sustentabilidade, Tecnologias.

Uma equipe de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) desenvolveu, em parceria com a indústria, um sistema tecnológico inovador de cogeração de energia a partir de biomassa para clientes com grandes consumos de energia térmica e elétrica, nos setores dos serviços, pequena e média indústria e agropecuário.

A cogeração de energia consiste na produção simultânea de duas formas de energia – neste caso, térmica e elétrica – queimando um único combustível, fóssil ou não, e caracteriza-se por ser uma forma mais econômica, eficiente e sustentável do que os métodos tradicionais de geração independente.

A tecnologia de cogeração de energia desenvolvida pelos cientistas da FCTUC, no âmbito de projetos desenvolvidos com a SCIVEN, Lda nos últimos anos, materializa-se num equipamento modular acoplado a uma caldeira para produção de água quente, preferencial, mas não necessariamente alimentada a biomassa. O novo sistema converte-se assim numa minicentral de produção de energia elétrica local, mais eficiente e sustentável em comparação com as grandes centrais, sempre que o seu utilizador necessita de energia térmica.

Basicamente, explicam os coordenadores do projeto, José Baranda Ribeiro, Jorge André e Ricardo Mendes, do Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC, e Eduardo Costa, da empresa SCIVEN, “a partir de uma caldeira a biomassa, desenvolvemos um conjunto de tecnologia capaz de produzir energia elétrica para autoconsumo enquanto se aquece água ou espaços. Optamos por integrar no sistema piloto uma caldeira a biomassa, neste caso pellets [granulado proveniente de desperdícios de madeira, produzidos de forma sustentável], porque estes são uma fonte de energia renovável, limpa, confiável e de qualidade certificada, para além de economicamente muito competitiva”.

Acrescente-se que as caldeiras a biomassa de última geração, como as que a SCIVEN explora, são de operação e manutenção transparente, cômoda, segura e confiável para o utilizador, estando aptas para os mercados mais exigentes, como o dos serviços.

Os coordenadores notam ainda que a implementação em larga escala deste tipo de sistemas em Portugal “não só permite diminuir a importação de combustíveis fósseis, contribuindo para uma política energética sustentável, como contribui para criar novas cadeias de valor. Por exemplo, incentiva uma melhor gestão florestal, valorizando os resíduos resultantes da limpeza das matas e diminuindo o risco de incêndios florestais, através de redes locais de recolha, processamento e consumo de biomassa. Fomenta-se, assim, a valorização dos recursos naturais endógenos e a fixação das pessoas em meios predominantemente mais desfavorecidos pela ruralidade e interioridade”.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Coimbra.

Fonte: Cristina Pinto, FCTUC. Imagem: Cristina Pinto.

 

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