Notícia
Comunidades e instituições buscam soluções para reduzir as queimadas no Pará
O foco é reduzir os impactos do uso do fogo em áreas de conservação e construir um sistema de alerta a incêndios que tenha o protagonismo das comunidades locais
Jos Barlow, divulgação
Fonte
Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Data
sexta-feira, 29 março 2019 10:50
Áreas
Agricultura, Mudanças Climáticas, Queimadas, Sensoriamento.
Reduzir os impactos do uso do fogo em áreas de conservação e construir um sistema de alerta a incêndios que tenha o protagonismo das comunidades locais são os objetivos de um novo projeto que chega à região do Tapajós. O trabalho é apresentado e discutido nos dias 29 e 30 de março com as comunidades e instituições que vivem e atuam na Floresta Nacional do Tapajós e na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns.
O projeto, denominado Sem Flama, vai promover a articulação e o debate entre populações locais, pesquisadores e gestores públicos para a construção de soluções para reduzir e evitar os incêndios florestais nas duas unidades de conservação.
Segundo dados do ICMBio, atualmente a Flona Tapajós reúne cerca de quatro mil moradores distribuídos em 21 comunidades e três aldeias indígenas. Já na Resex Tapajós-Arapiuns residem em torno 27 mil pessoas, distribuídos em 70 comunidades. Nas unidades é permitido o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional e o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis pelas comunidades do entorno.
A pesquisadora Joice Ferreira, da Embrapa Amazônia Oriental, explica que as práticas tradicionais dessas populações aliadas às mudanças no clima e à degradação de florestas, tornam o uso do fogo no preparo de pequenas áreas, quando não controlado, uma ameaça à floresta. O exemplo dessa situação foi o incêndio de 2015 que queimou cerca de um milhão de hectares na região do Tapajós.
“O fogo nessa região tem causas ambientais e sociais, por isso nossa intenção é trabalhar com a pesquisa-ação, desenvolvendo estudos locais, mas também construindo soluções junto com as comunidades. Isso porque o uso do fogo em pequena escala e no interior da floresta é difícil de ser detectado pelos satélites”, relata a pesquisadora.
Isso significa que ao mesmo tempo que os especialistas vão medir e avaliar os impactos do fogo na fauna, flora, biodiversidade e na sobrevivência e cultura da população, vão construir e propor junto com a comunidade práticas alternativas ao uso do fogo e um sistema de monitoramento e alerta de incêndios.
Acesse a notícia completa na página da Embrapa.
Fonte: Ana Laura Lima, Embrapa Amazônia Oriental. Imagem: Jos Barlow, divulgação.
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