Notícia

Cientistas criam produto à base de resíduos florestais e fungos que pode ser usado na construção civil

Além de ser uma alternativa sustentável, produto tem também outras vantagens que podem fazer a diferença, como suas propriedades térmicas e acústicas

Divulgação, Universidade de Coimbra

Fonte

Universidade de Coimbra

Data

domingo, 26 novembro 2023 17:10

Áreas

Arquitetura. Biotecnologia. Construção Civil. Engenharia Ambiental. Engenharia Civil. Engenharia Florestal. Gestão de Resíduos. Indústria. Materiais. Negócios. Sustentabilidade. Tecnologias.

Uma equipe de cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em Portugal, desenvolveu um produto à base de resíduos florestais e fungos que pode ser usado na construção civil, tipicamente em paredes de interiores.

O objetivo do produto, desenvolvido no âmbito do projeto Value2Prevent, é valorizar a biomassa florestal, agregar valor às florestas e, consequentemente, possibilitar o aumento do rendimento.

“Normalmente, os produtores florestais não têm grandes incentivos à limpeza dos terrenos, porque essa biomassa que resulta das limpezas não tem grande valor, uma vez que tem que ser transportada para locais específicos e o transporte e a recolha são muito caros. Portanto, tem de haver um retorno elevado para que tal [ação] seja compensatória para os produtores”, esclareceu o Dr. João Martins, pesquisador do Centro de Ecologia Funcional do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC.

Nesse sentido, prosseguiu o professor, “desenvolvemos um produto que pode ser utilizado na construção, nomeadamente em paredes interiores, que tem um valor acrescentado muito interessante. A ideia é usarmos os tais resíduos de biomassa florestal, inocularmos com um fungo que tem a capacidade de degradar parcialmente a biomassa e criar uma espécie de cimento, agregando todas as partículas e formando um bloco. Posteriormente, este produto é seco, para inativar o fungo, e pode ser utilizado no interior de duas placas de madeira, substituindo, assim, os materiais sintéticos usados atualmente”, descreveu o pesquisador.

Além de ser uma alternativa sustentável, este produto tem também outras vantagens que podem fazer a diferença: “as propriedades térmicas e acústicas, o fato de ser uma opção mais equilibrada, pois é tão sustentável como a madeira, mas tão eficiente como o revestimento sintético, e ainda, o baixo custo do produto. A biomassa é relativamente barata e conseguimos produzir estes blocos com facilidade”, concluiu o Dr. João Martins.

Os testes têm sido feitos com resíduos à base de árvores como eucalipto, pinheiro bravo, medronheiro, e ainda uma mistura de arbustos, mas no futuro a equipe pretende testar a utilização de outros produtos com a biomassa, como por exemplo plástico reutilizado, cortiça e borracha, que podem tornar ainda mais eficazes as propriedades acústicas e térmicas deste material.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Coimbra.

Fonte: Sara Machado, FCTUC. Imagem: biomassa + fungo. Fonte: Divulgação, Universidade de Coimbra.

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