Notícia
Casca da macaxeira pode servir de base para produção de energia
O bio-hidrogênio e o bioetanol são os produtos feitos a partir da casca da mandioca
Divulgação
Fonte
UFAL | Universidade Federal do Alagoas
Data
terça-feira, 16 julho 2019 09:00
Áreas
Biotecnologia. Energia. Sustentabilidade.
Você já ouviu falar da Manihot esculenta? O nome científico refere-se a um dos alimentos energéticos mais populares do Brasil, a mandioca ou macaxeira. Apesar de ser tratada comumente como um simples alimento, recentemente sua casca tem sido utilizada para a produção de bio-hidrogênio e bioetanol. A ação é resultado do trabalho Produção de bio-hidrogênio e bioetanol a partir da casca da mandioca (Manihot esculenta), do professor Dr. Eduardo Amorim e da dissertação de seu orientando, José Mendes, mestrando em Engenharia Química na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Segundo José Mendes, a ideia da pesquisa surgiu de uma reunião com seu orientador, que já vinha desenvolvendo trabalhos na área. “Aliando seu conhecimento técnico à realidade da imensa produção de resíduos provenientes do processamento industrial da mandioca no Brasil, segundo maior produtor mundial desse tubérculo, surgiu a ideia de investigar a viabilidade da produção de energia renovável a partir das cascas de mandioca”, disse o mestrando.
Sobre o trabalho, o professor Dr. Eduardo informou que foi observado, nas casas de farinha, a geração de grande quantidade de cascas, que representam cerca de 20 a 30% da massa da mandioca.
Processo de pesquisa
Foram dois anos de pesquisa realizada no Laboratório de Controle Ambiental da Ufal, recebendo colaboração também de duas alunas da graduação do Centro de Tecnologia (Ctec), Isabela Menezes e Beatriz Farias. O Dr. Eduardo Amorim explicou que “foi utilizado o processo conhecido como digestão anaeróbia” para a realização da pesquisa. Esse processo utiliza microrganismos para fermentação do resíduo para gerar bio-hidrogênio e bioetanol.
José Mendes ainda afirmou que todo o processo desse trabalho está em processo de patenteamento junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sendo fruto de mais de 800 horas de análises cromatográficas e físico-químicas.
Impactos do trabalho
Sendo consumida de maneira significativa na sociedade, o processo de beneficiamento da mandioca pode gerar vários impactos negativo no meio ambiente, entre eles estão a disposição incorreta de resíduos e a alimentação de animais de um processo de criação, sem licenciamento.
Acesse a notícia completa na página da UFAL.
Fonte: Pedro Ivon, UFAL. Imagem: Divulgação, UFAL.
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