Notícia

Após uma década de avanços lentos, países precisam reduzir emissões no dobro do ritmo originalmente estimado

Aquecimento global de mais de 1,5°C pode causar riscos climáticos mais elevados, incluindo frequências aumentadas de ondas de calor, fortes precipitações e secas em várias regiões do mundo

Pixabay

Fonte

Universidade de Sussex

Data

segunda-feira, 9 março 2020 12:05

Áreas

Aquecimento Global. Engenharia Ambiental. Gestão Ambiental.

Especialistas alertaram que uma década de ação política insuficiente sobre as mudanças climáticas deixou o mundo com uma grande lacuna entre a trajetória atual das emissões globais e o que deveria estar sendo feito a fim de cumprir os objetivos estabelecidos no Acordo Climático de Paris.

Cientistas de mais de dez países, incluindo o professor Dr. Joseph Alcamo, diretor do Programa de Pesquisa em Sustentabilidade da Universidade de Sussex, no Reino Unido, revelaram que, como o ritmo dos esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa tem sido muito lento na última década, essa diferença é quatro vezes maior que as estimativas anteriores.

As conclusões foram publicadas recentemente em um artigo na revista científica Nature, após uma revisão de todas as dez edições do Emissions Gap Report, que é produzido anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Esses relatórios examinaram a diferença (ou “lacuna”) entre o que cada país se comprometeu a fazer para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e o que precisam fazer coletivamente para cumprir as metas de temperatura acordadas.

A equipe internacional informou que, como o dióxido de carbono e outros gases estão se acumulando rapidamente na atmosfera, as emissões precisam ser reduzidas em um ritmo ainda mais rápido do que o inicialmente estimado – de 1,7% a quase 3% ao ano, a fim de limitar o aquecimento global a 2° c. Mas permanecer dentro dos 1,5 ° C recomendados significa cortes de emissões de 7% ao ano – um aumento drasticamente superior dos 3,3% estimados anteriormente.

Um relatório recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas alertou que o aquecimento global de mais de 1,5°C causaria riscos climáticos claramente mais altos, incluindo frequências aumentadas de ondas de calor, fortes precipitações e secas em várias regiões do mundo.

Na peça, os autores destacam: “A diferença é tão grande que governos, setor privado e comunidades precisam mudar para o modo de crise, tornar suas promessas climáticas mais ambiciosas e focar em ações agressivas e precoces”.

Mas o artigo publicado nesta semana também assume um tom de esperança, reconhecendo que as ações climáticas estão aumentando em todo o mundo – apesar de estarem abaixo do ritmo necessário.

Alguns países, regiões, cidades e empresas prometeram ou implementaram ações climáticas urgentemente necessárias. Por exemplo, 76 países ou regiões e 14 regiões ou estados subnacionais estabeleceram ou até começaram a implementar metas de emissões líquidas zero. Os autores afirmam que diminuir essa lacuna exigirá ampliar essas poucas histórias de sucesso e espelhá-las com o progresso em todos os setores.

Acesse o artigo publicado na revista Nature (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Sussex (em inglês).

Fonte: Stephanie Allen, Universidade de Sussex. Imagem: Pixabay.

 

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2024 ambiental t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional em Meio Ambiente, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account