Destaque

Temperaturas globais nos últimos 24.000 anos mostram que o aquecimento atual é ‘sem precedentes’

Fonte

Universidade do Arizona

Data

domingo, 14 novembro 2021 11:15

Um esforço liderado pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, para reconstruir o clima da Terra desde a última era glacial, cerca de 24.000 anos atrás, destaca os principais motores da mudança climática e até que ponto a atividade humana extrapolou o sistema climático.

O estudo, publicado na revista científica Nature, tem três descobertas principais:

  • Verifica que os principais motores das mudanças climáticas desde a última era do gelo são o aumento das concentrações de gases do efeito estufa e o recuo das camadas de gelo.
  • Sugere uma tendência geral de aquecimento ao longo dos últimos 10.000 anos, estabelecendo um debate de uma década na comunidade da paleoclimatologia sobre se este período tendeu a ser mais quente ou mais frio.
  • Destaca que a magnitude e a taxa de aquecimento nos últimos 150 anos ultrapassam em muito a magnitude e a taxa de mudanças nos últimos 24.000 anos.

“Esta reconstrução sugere que as temperaturas atuais são sem precedentes em 24.000 anos e também sugere que a velocidade do aquecimento global causado pelo homem é mais rápida do que qualquer coisa que vimos naquele mesmo tempo”, disse a Dra. Jessica Tierney, professora de Geociências da Universidade do Arizona e coautora do estudo.

A Dra. Jessica Tierney, que chefia o laboratório em que esta pesquisa foi conduzida, também é conhecida por suas contribuições para os relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e briefings climáticos para o Congresso dos EUA.

“O fato de estarmos hoje tão longe dos limites do que podemos considerar normal é motivo de alarme e deveria ser surpreendente para todos”, disse o Dr. Matthew Osman, autor principal do estudo e pesquisador de pós-doutorado em Geociências na Universidade do Arizona.

Uma pesquisa online de “mudança da temperatura global desde a última era do gelo” retorna um gráfico da mudança da temperatura global ao longo do tempo, criado há oito anos.

“A reconstrução de nossa equipe melhora essa curva, adicionando uma dimensão espacial”, disse a Dra. Tierney.

A equipe criou mapas de mudanças de temperatura global para cada intervalo de 200 anos, remontando a 24.000 anos.

“Esses mapas são realmente poderosos. Com eles, é possível para qualquer pessoa explorar como as temperaturas mudaram na Terra. Para mim, ser capaz de visualizar a evolução de 24.000 anos das temperaturas no local exato em que estou hoje, realmente ajudou a enraizar a noção de quão severa a mudança climática é hoje”, concluiu o Dr. Matthew Osman.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Arizona (em inglês).

Fonte: Mikayla Mace Kelley, Universidade do Arizona.

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