Destaque

Pesquisa avalia implicação das mudanças climáticas na geração de energia fotovoltaica no Brasil

Fonte

UFV | Universidade Federal de Viçosa

Data

sexta-feira, 17 junho 2022 18:15

A realidade irrefutável das mudanças climáticas leva a ciência a se antecipar aos problemas para apresentar soluções viáveis para o que nos espera. Se os combustíveis fósseis estão com os dias contados, como gerar energia limpa e com qualidade?

No Brasil, atualmente, 60% da energia consumida vem de usinas hidrelétricas. No entanto, as projeções de variações de temperatura e precipitação, bem como os eventos extremos causados pelo aquecimento global, colocam em risco o abastecimento energético da população que depende da hidroeletricidade. Por isso, a abundância da radiação solar por longos períodos do ano torna-se uma alternativa fundamental para países tropicais como o Brasil. Mas até quando? Onde investir na geração deste tipo de energia com boas perspectivas de retorno econômico se nada será como antes no clima? Estas são perguntas investigadas por uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Os resultados podem ajudar a indústria de painéis solares e as políticas públicas a projetarem um futuro que se aproxima rapidamente.

O trabalho realizado no Departamento de Engenharia Agrícola da UFV baseou-se em modelagem numérica para verificar as condições e os locais que devem ser priorizados para obtenção de maior ganho com energia fotovoltaica e para que os empreendimentos tenham viabilidade em médio e longo prazos. A pesquisa fornece uma estimativa do impacto que as mudanças previstas de temperatura e de radiação solar deve ter no potencial de sistemas fotovoltaicos no Brasil. Os pesquisadores também concluíram que, em cenários de mudanças climáticas, a tecnologia utilizada atualmente nestes sistemas precisa ser atualizada com maior rapidez.

A pesquisa foi realizada por Cristian Felipe Zuluaga em seu doutoramento, orientado pelo professor Dr. Flávio Justino. Os resultados foram publicados na revista científica Renewable Energy. Segundo os autores, entre 2010 e 2019, a capacidade total instalada de sistemas fotovoltaicos aumentou quase 300% no mundo e é, atualmente, responsável por 3% da demanda global de eletricidade. No Brasil, os sistemas solares respondem por apenas 1,9% da matriz energética. Ainda é insuficiente, mas a demanda por este tipo de energia limpa e renovável é crescente à medida que os países buscam atingir as metas necessárias para redução da temperatura global.

Os autores alertam que os investimentos em energias limpas geradas por vento, água e radiação solar são certeiros para o presente e futuro e uma tendência crescente em todo o mundo. A ciência que envolve as projeções climáticas pode contribuir para otimizar o potencial de geração de energia. E aumentar a eficiência dos equipamentos necessários para captação e conversão da radiação é uma questão-chave para a viabilidade atual e futura da energia fotovoltaica no Brasil.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Viçosa.

Fonte: Léa Medeiros, UFV.

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