Destaque

Os problemas da obsolescência programada

Fonte

Universidade Politécnica de Madri

Data

quarta-feira, 20 março 2019 16:00

Podemos escapar da obsolescência programada? As empresas precisam cumprir algum tipo de padrão em relação à obsolescência programada? Como isso afeta os consumidores e o que podemos fazer sobre isso? O professor Dr. José Vicente López, pesquisador do Departamento de Engenharia e Gestão Florestal e Ambiental da Universidade Politécnica de Madri (UPM), considerou  estas e outras questões em matéria publicada no site “The Conversation”.

De acordo com um inquérito do Eurobarômetro, em 2014, 77% dos consumidores da União Europeia (UE) preferem reparar seus produtos do que comprar novos, mas acabarão por ter de substituí-los ou descartá-los devido ao custo dos reparos e dos serviços pós-venda.

A culpa é a chamada obsolescência programada, ou fim antecipado e inesperado para o consumidor da vida útil de um produto. Por exemplo, se usamos uma impressora que nos custou R$ 500,00 e com 10 mil impressões ela para de funcionar, o que fazemos: pagamos por uma reparação que custaria provavelmente R$ 500,00 ou a descartamos e compramos outra?

Este modelo linear de consumo tem um forte impacto sobre os recursos naturais, mudanças climáticas e emprego. Além disso, os cidadãos se sentem indefesos diante dessa prática e pouco ou nada pode ser feito em um nível particular. Isso só pode ser evitado se houver uma ação do governo para redigir uma lei específica que a limite.

O panorama europeu

Em geral, não há consenso internacional para combater esse tipo de “fraude”. Em 2017, o Parlamento Europeu instou a Comissão Europeia, os Estados-Membros e a indústria para criar um rótulo específico para produtos que são fáceis de reparar e estender a garantia nos casos em que as falhas ocorrem com muita freqüência.

No entanto, até hoje, nenhuma legislação específica foi aprovada. Isso se deve aos interesses conflitantes de produtores, consumidores e administrações. Por outro lado, diferentes estratégias foram desenvolvidas na UE que funcionam como ferramentas a serem aplicadas pelos Estados Membros.

Como detectar “fraudes”

Os métodos que podem ser usados ​​para identificar uma fraude relacionada à obsolescência prematura são múltiplos. Isso poderia ser feito através de pesquisas, através do número de reclamações do consumidor, e considerando as estatísticas correspondentes a cada produto. Também através do número de devoluções no estabelecimento de venda ou através do controle em pontos limpos, onde o consumidor indicaria o tempo que passou desde que ele comprou o produto.

Todos esses elementos de controle são possíveis e válidos. O problema, mais uma vez, é que nenhum governo assume o controle ou legisla de maneira única e eqüitativa.

Acesse a matéria completa na página “The Conversation” (em inglês).

Fonte: Universidade Politécnica de Madri e Site “The Conversation”. Imagem: Divulgação.

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