Destaque

Inpa celebra convênio com a Shell para uso de plantios florestais para recuperação de áreas degradadas da Amazônia

Fonte

Inpa | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Data

quarta-feira, 3 agosto 2022 07:15

No último dia 02 de agosto foi lançado em Manaus um projeto científico que usará nanotecnologia em plantios florestais para a recuperação de áreas degradadas na Amazônia brasileira. O projeto do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) é um convênio com a Shell Brasil Petróleo e contará com a cooperação de 13 instituições de ensino e pesquisa da Amazônia.

O projeto ‘Aplicações da nanobiotecnologia para recuperar áreas degradadas na Amazônia: uma experiência florestal de pesquisa, ensino e extensão‘ terá investimento de R$ 4 milhões da Shell Brasil Petróleo, por meio de recursos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), e será executado em 36 meses. O projeto é coordenado pelo pesquisador do Inpa Dr. José Francisco de Carvalho Gonçalves, e acompanhado por um comitê técnico-científico composto pelos pesquisadores Dr. Adamir da Rocha Nina Junior, Dra. Josiane Celerino de Carvalho e Dra. Karen Cristina da Costa, além da participação de um pesquisador da Shell.

De acordo com a Dra. Antonia Franco, diretora do Inpa, o Instituto sente-se satisfeito e esperançoso com o desenvolvimento deste projeto que envolve tantos parceiros importantes, pois estará “contribuindo para a recuperação de áreas degradadas e para o desenvolvimento sustentável da Amazônia”.

Segundo a Dra. Carolina Rio, coordenadora de projetos de pesquisa e desenvolvimento de baixo carbono da Shell, preservar e contribuir para recuperação da Amazônia, que abriga a maior parte da floresta tropical remanescente do mundo, é de fundamental importância para o Brasil e para o planeta. A Shell busca chegar a 2050 com emissão líquida zero de carbono, com base na estratégia global de Impulsionando o Progresso, que considera como um de seus pilares, além da redução de emissões absolutas e transição energética, o respeito à natureza, o impulsionamento de vidas e geração de valor.

“Esse projeto, em parceria com Inpa e a Krilltech, tem como objetivo a criação de soluções e tecnologias para recuperação de áreas degradadas, contribuindo para assimilação de carbono, recuperação de processos ecológicos e até produtivos, atendendo aos pilares estratégicos, com impacto tecnológico social e econômico”, explicou Carolina Rio sobre as motivações da empresa para apoiar o projeto.

De acordo com o pesquisador José Francisco Gonçalves, a recuperação das áreas degradadas (RADs) da Amazônia precisa ser incluída de forma definitiva nas discussões sobre políticas públicas, já que promove a conservação dos recursos naturais e também tem contribuições para os serviços ambientais, além do desenvolvimento social e econômico para a região Norte do Brasil, pela transformação de área em desuso para áreas produtivas. “Estamos propondo o uso de tecnologias mais recentes (bio e nanotecnologia) para potencializar o crescimento das árvores no campo. Nossa hipótese é que o uso de moléculas nanotecnológicas (arbolina) pode potencializar a recuperação de áreas degradadas na Amazônia”, destacou o Dr. José Gonçalves.

A arbolina é uma substância classificada como um biofertilizante capaz de aumentar a tolerância das plantas ao estresse causado pela baixa disponibilidade de água ou nutrientes no solo, e favorece a eficiência no uso da luz pelas plantas. A expectativa dos pesquisadores é tornar as árvores mais tolerantes às condições extremas e também aumentar a produtividade dos plantios de espécies que agreguem emprego e renda.

Instituições parceiras

A Krilltech é uma startup do agronegócio desenvolvedora da nanotecnologia ‘Arbolin’ – solução inovadora utilizada para biofertilização de diversas culturas agrícolas. Também participam do projeto a Treevia, uma empresa de mensuração florestal; a Aruanã, uma empresa agrícola que possui fazenda instalada em Itacoatiara-AM com a maior plantação de castanheiras do Brasil e já desenvolve parceira de pesquisas com o Inpa e, em particular, com o Laboratório de Fisiologia e Bioquímica Vegetal, vinculado à Coordenação de Dinâmica Ambiental do Inpa, há aproximadamente 15 anos; o Instituto Federal do Amazonas (Ifam); a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); a Universidade Federal do Acre (Ufac); a Embrapa Cocais; o Instituto Federal do Amapá (Ifap); o Instituto Federal de Rondônia (Ifro); a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT); a Universidade Estadual de Roraima (UERR); a Universidade Federal de Tocantins (UFT); a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Fundação Arthur Bernardes (Funarbe).

Acesse a notícia completa na página do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Fonte: Inpa.

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