Destaque

Funed estuda relação entre dengue e resíduos sólidos

Fonte

Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Data

quarta-feira, 15 abril 2020 18:45

Muito se fala que o Aedes aegypti vem evoluindo ao longo dos anos. Além de sua versatilidade em transmitir diversas doenças, sendo dengue, chikungunya, zika e febre amarela as mais conhecidas, ganha destaque também a sua capacidade de se adaptar no cenário urbano. Se antes era sabido que a fêmea do mosquito só se reproduzia em água limpa e parada, estudos hoje comprovam que os ovos também podem se desenvolver em água suja.

Para verificar como a gestão adequada de resíduos sólidos pode ser um importante fator de proteção na ocorrência de dengue, pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Instituto René Rachou – Fiocruz Minas e Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) se reuniram e desenvolveram um estudo. Fruto dessa pesquisa é o artigo publicado no último dia 8 de abril na Revista Panamericana de Saúde Pública (OPAS) / Organização Mundial da Saúde (OMS). O intuito é demonstrar a relação entre os indicadores de gestão de resíduos sólidos e socioeconômicos com os índices de dengue nos municípios do Estado de Minas Gerais.

Para a realização do estudo, foram coletados dados secundários municipais de indicadores socioeconômicos, de doenças transmitidas pelo Aedes – dengue, chikungunya e zika – e de gestão de resíduos sólidos, todos tendo como base plataformas governamentais.

A pesquisa mostrou que não há associação entre gestão de resíduos sólidos e incidência de Chikungunya e Zika. Por sua vez, foram encontradas associações significativas na gestão dos resíduos sólidos e a incidência de dengue. A variável de Gini, que mede o grau de concentração de renda domiciliar per capita, apresentou uma associação direta, sugerindo que quanto maiores são os valores de Gini dos municípios, ou seja, maior a desigualdade social, maiores são os registros de incidência de dengue. Já a cobertura da coleta seletiva apresentou relação inversa e significativa com os casos de dengue, sugerindo que quanto menor a cobertura da coleta seletiva, maiores foram os casos registrados de dengue. Por fim, a variável Percentual de Vulneráveis à Pobreza apresentou uma relação inversa significativa, mostrando que existem fatores socioeconômicos e até históricos que estão além dessa variável e que podem interferir no resultado final.

Acesse o artigo científico completo.

Acesse a notícia completa na página da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais.

Fonte: Ana Paula Brum, Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais

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