Destaque

Estudo investiga ação do tungstato de prata em espécie de alga verde unicelular

Fonte

Agência FAPESP

Data

sexta-feira, 5 agosto 2022 07:00

Pesquisa da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em colaboração com o Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na UFSCar, procura entender os efeitos e mecanismos de toxicidade de diferentes morfologias de tungstato de prata (αAg2WO4) sobre organismos planctônicos de ecossistemas de água doce, microalgas e microcrustáceos.

O tungstato de prata é uma substância usada principalmente nas indústrias de catalisadores, eletrônica e química, que é nociva para a água e o meio ambiente.

Os pesquisadores envolvidos avaliaram os efeitos do αAg2WO4 sobre uma espécie de alga verde unicelular, a Raphidocelis subcapitata. Os resultados mostraram que a substância afetou a atividade fotossintética da microalga, principalmente nas primeiras horas de exposição.

Além dos aspectos fisiológicos, também foram observados uma redução na densidade celular e um aumento nas biomoléculas na maior concentração de αAg2WO4, o que os pesquisadores estimam seja um mecanismo de defesa para reduzir os impactos causados pelo microcristal.

“Os parâmetros analisados neste estudo reforçam a importância de avaliar aspectos fisiológicos, populacionais (densidade celular) e os teores de biomoléculas (como clorina e carboidrato) em estudos de ecotoxicidade. Portanto, identificar os alvos de tungstato de prata contribui para entender os mecanismos de ação deste semicondutor sobre a microalga R. subcapitata”, explicou Cínthia Abreu, em entrevista para a Assessoria de Imprensa do CDMF. Cínthia é doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da UFSCar e primeira autora de artigo que apresenta os resultados do estudo, publicado na revista científica Water, Air, & Soil Pollution.

A doutoranda também apontou que as alterações observadas nas microalgas podem ser prejudiciais em longo prazo. Por se tratarem de organismos autotróficos, os impactos na base da cadeia alimentar podem representar ameaças a níveis tróficos superiores.

Os dados apresentados pela pesquisa ainda serão úteis para prever e avaliar os riscos causados pelos microcristais, além de nortear políticas públicas e agências reguladoras no estabelecimento de limites seguros de materiais funcionais para o ecossistema aquático.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.

Fonte: Assessoria de Comunicação do CDMF e Agência FAPESP.

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