Notícia

Incêndios florestais: cientistas da Universidade de Coimbra desenvolvem tecnologia para proteção de pessoas e bens

O objetivo é explorar os resultados do projeto “Fire Protect – Sistemas de Proteção de Pessoas e Elementos Críticos Expostos ao Fogo”

Divulgação

Fonte

Universidade de Coimbra

Data

terça-feira, 2 abril 2019 09:40

Áreas

Gestão Ambiental, Monitoramento Ambiental, Queimadas.

Pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), desenvolveram três sistemas tecnológicos de proteção de pessoas e elementos expostos a incêndios florestais, designadamente uma cobertura (tela) para proteção de pessoas em viaturas, uma cerca para proteção de habitações e de aglomerados populacionais e um sistema de aspersão capaz de reduzir o impacto do fogo nas estruturas dos edifícios.

Estas soluções foram construídas no âmbito do projeto “Fire Protect – Sistemas de Proteção de Pessoas e Elementos Críticos Expostos ao Fogo”, coordenado por Domingos Xavier Viegas. Segundo o pesquisador da FCTUC, este projeto “foi inspirado no trabalho que nós temos vindo a desenvolver há décadas, com o objetivo de aumentar a segurança de populações e bens, facilitando o trabalho aos agentes de combate ao fogo, e evitar tragédias como as que ocorreram no nosso país em 2017”.

A tela de proteção de pessoas em viaturas, nomeadamente em autotanques de bombeiros, é refletora e resistente ao fogo. Dos vários testes realizados, quer em laboratório quer no terreno, verificou-se que “são sistemas resistentes ao fogo e podem garantir condições de sobrevivência a pessoas que estejam dentro de uma viatura”, assinala o Dr. Viegas.

Também bastante promissores foram os testes realizados com a cerca de proteção de casas e de aglomerados populacionais. Embora os cientistas ainda estejam explorando diversos formatos possíveis, a solução mais simples e prática já adotada consiste num sistema constituído por aspersores de água, um mecanismo de bombagem autônomo com motor a diesel ou elétrico, permitindo ser operado mesmo em caso de falha de energia elétrica, e por um reservatório de água.

As experiências realizadas, com vegetação real e com fogos de grande intensidade, demonstraram que, “com recurso a uma pequena quantidade de água, o sistema molha a vegetação de forma eficaz e consegue proteger um perímetro de algumas centenas de metros. Verificamos que quando as chamas chegam junto dessa zona umedecida baixam a sua intensidade”, revela o coordenador do “Fire Protect”.

Estas soluções inovadoras, que originaram quatro pedidos de patente, “são soluções robustas, profissionais e eficazes. Podem inclusive ser automatizadas. No caso dos sistemas da cerca e de aspersão, o objetivo é proteger os edifícios mesmo quando os proprietários estão ausentes. Por isso, vamos dotar os equipamentos com sensores capazes de identificar um incêndio e emitir alertas que permitam ativar o sistema remotamente”, esclarece o especialista em incêndios florestais da FCTUC.

Acesse o conteúdo completo na página da Universidade de Coimbra.

Fonte: Cristina Pinto, FCTUC. Imagem: divulgação.

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