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Embrapa inicia projeto para mitigação do clima e da fome em território indígena
Foi iniciado um projeto baseado em Sistemas Agroflorestais para mitigação do clima e da fome no Território Indígena Arariboia, localizado no município maranhense Amarante. Primeiramente serão mapeados as necessidades das comunidades do território durante três eventos a serem realizados ainda no primeiro semestre deste ano, com o intuito de prospectar sistemas de produção agropecuárias de referências mais adequadas para a realidade local.
A parceria será realizada com o Instituto Tukàn, Fundação Vale e a comissão de coordenação de lideranças e caciques do Território Indígena Arariboia e terá a participação da União dos Agricultores Indígenas, do Governo do Estado do Maranhão, Funai e Governo Federal.
Da parte da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), coordenam o projeto o Dr. Marcelo Arco-Verde, pesquisador da Embrapa Florestas, e o analista Carlos Vitoriano, da Embrapa Cocais. “A cooperação técnica entre Embrapa e instituições indígenas do Maranhão é de extrema importância. Vamos trabalhar juntos para levar soluções tecnológicas que contribuam para a resolução das comunidades a serem atendidas”, declarou Carlos Vitoriano.
Segundo o cacique e liderança indígena da TI Araribóia, Silvio Santana da Silva, presidente do Instituto Tukán, a reserva indígena precisa ter garantida a segurança alimentar e nutricional com preservação ambiental. A diretora executiva do Instituto Tukàn e pedagoga, Fabiana Guajajara, do Território Arariboia, ressaltou que, nas oitivas que realizaram, esses são os grandes problemas a serem enfrentados. “O nosso foco é conquistar soberania alimentar, por meio do fortalecimento da agricultura indígena. Mas temos de garantir também a preservação das nossas nascentes e da nossa terra, recursos naturais que geram o alimento e a vida”.
O Instituto Tukàn foi fundado em 2019 para atuar em defesa da Amazônia e buscar autonomia por meio da educação e da soberania alimentar, por meio do Centro de Saberes Tenetehar, que trabalha com educação bilíngue, em Tupi e Português, para crianças, jovens e adultos de todas as idades e será ampliado para se tornar a primeira Universidade Indígena do Brasil. A instituição promove a educação, saúde, cultura, produção agrícola e preservação ambiental, com foco na integração e autonomia dos povos indígenas, principalmente da comunidade do Território Indígena Arariboia.
Acesse a notícia completa na página da Embrapa.
Fonte: Flávia Bessa, Embrapa Cocais.
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