Notícia
Pesquisador colabora com projeto de adaptação às mudanças climáticas que representou São Paulo na COP27
Com apoio do governo alemão, iniciativa aplica em comunidade de Santos metodologia de adaptação inovadora que investe na recuperação de ecossistemas para a diminuição da vulnerabilidade socioambiental
Dr. João Vicente Coffani Nunes, Unesp
Fonte
Jornal da Unesp
Data
terça-feira, 27 dezembro 2022 18:25
Áreas
Cidades. Ciência Ambiental. Engenharia Ambiental. Gestão Ambiental. Mudanças Climáticas. ODS. Políticas Públicas. Sociedade.
A cidade de Santos, no litoral paulista, tem sido pioneira na elaboração e implementação de planos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Por esse motivo, o governo de São Paulo escolheu dois projetos, desenvolvidos na cidade litorânea, para representar o estado durante a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27). Os projetos foram: o Plano de Ação Climática de Santos (PACS), desenvolvido desde 2016, e o Projeto de Adaptação Baseada em Ecossistemas no Monte Serrat, que surgiu em 2019 a partir de uma parceria com o governo alemão.
O biólogo Dr. João Vicente Coffani Nunes, professor da Faculdade de Ciências Agrárias do Vale do Ribeira da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Registro, participa do projeto do Monte Serrat desde 2019. Ele é o responsável pela aplicação da metodologia de Adaptação Baseada em Ecossistemas (AbE) na região do Monte Serrat. A AbE é uma metodologia proposta pelo Governo Alemão por meio da Cooperação Internacional (GIZ), que se baseia na utilização da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos como parte de uma estratégia de adaptação às mudanças climáticas. A iniciativa foi desenvolvida em parceria entre a Prefeitura Municipal de Santos e o Projeto ProAdapta, convênio entre o Governo Alemão e o Ministério do Meio Ambiente, executado pela GIZ Brasil, que visa uma ampliação, capacitação e divulgação sobre questões climáticas dentro do Brasil.
Situado em meio à Mata Atlântica, na região central de Santos, o Monte Serrat é o morro mais alto da cidade. Sua história remonta ao ano de 1603, quando a Igreja de Nossa Senhora do Monte Serrat foi erguida no cume da elevação. A região acabou sendo selecionada para o projeto de AbE por apresentar um histórico de deslizamentos, situação que a ocupação irregular tem agravado ao longo dos anos. Ademais, seu acesso é desafiador. Para irem e voltarem de casa, os moradores do local precisam recorrer diariamente à escadaria principal, que possui 402 degraus, ou a escadaria da rua Tiro Naval, que é mais estreita e de infraestrutura inferior.
Com o objetivo de diminuir a vulnerabilidade socioambiental da comunidade do Monte Serrat, a AbE começou a ser implementada no começo de 2019, contando com a participação ativa da comunidade. O professor João Coffani envolveu-se no processo a partir do segundo semestre de 2019, participando do planejamento e da aplicação de ações necessárias para a implementação da metodologia pioneira no país.
Em entrevista ao Jornal da Unesp, o professor comentou em detalhes quais os objetivos da AbE, de que maneira a comunidade do Monte Serrat está sendo integrada ao projeto e a relevância da apresentação na COP 27.
Acesse a notícia e a entrevista do professor João Coffani na página do Jornal da Unesp.
Fonte: Malena Stariolo, Jornal da Unesp. Imagem: Vista da cidade de Santos de cima do morro Monte Serrat. Situado a 157 m de altitude, é o morro mais alto de Santos. Fonte: Dr. João Vicente Coffani Nunes, Unesp.
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