Notícia

Equipamento permite compostagem acelerada de resíduos orgânicos e utilização de compostos como fertilizantes

Equipamento inédito, com tecnologia totalmente nacional, é capaz de reciclar o lixo orgânico de forma acelerada

Divulgação, APTA

Fonte

APTA | Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios

Data

quinta-feira, 16 julho 2020 16:10

Áreas

Agricultura. Engenharia Ambiental. Gestão de Resíduos. Sustentabilidade.

Dar um novo destino para sobras de comida de restaurantes industriais, resíduos sólidos de suinocultura e lodo de esgoto. Este é o objetivo da empresa 5 Ecos, que desenvolveu uma máquina para realizar compostagem desses resíduos no período de 24 a 36 horas. A empresa, localizada em Nova Odessa, interior paulista, recebeu recursos do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE-FAPESP), e contou com auxílio de pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, para traçar novos caminhos para melhoria do processo e automação do equipamento.

Segundo Mariana Helena Pereira, responsável pela 5 Ecos, a empresa desenvolveu um equipamento inédito, com tecnologia totalmente nacional, capaz de reciclar o lixo orgânico de forma acelerada. Com ele é possível transformar o resíduo de restaurantes industriais, produção agropecuária e lodo de esgoto, obtido a partir do esgoto urbano, em um composto orgânico que pode ser usado como fertilizante na produção de alimentos.

A reciclagem, ou processo de decomposição, é feita sem odor, sem chorume, sem poluição e reduz o volume do lixo em até 90%, além de reduzir área de pátio destinada a compostagem e logística de revolvimento do composto. O processo de compostagem em pilhas demora 60 dias para a decomposição dos materiais orgânicos e mais 60 dias para a estabilização do composto orgânico.

No mercado há cinco anos, a empresa procurou pelos pesquisadores da APTA em 2018 para melhorar o processo, principalmente de utilização desse composto na agricultura. “Percebemos que o uso do composto não estava sendo empregado com sucesso na agricultura, por isso, procuramos a APTA para saber o motivo. As plantas ficavam amarelas e não se desenvolviam”, conta Mariana.

A partir de análises laboratoriais, os pesquisadores da APTA descobriram que o motivo estava na quantidade desbalanceada de carbono e nitrogênio, além do excesso de sódio, que causava salinização do solo, dificultando a absorção de água pelas plantas.

“Propomos diversos ajustes para a total automatização do equipamento e para melhorias no processo de compostagem, para adequação do composto final às normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para registro e comercialização de fertilizantes e compostos orgânicos”, explicou a Dra. Edna Bertoncini, pesquisadora da APTA.

A empresa, juntamente com o grupo de pesquisa da APTA, trabalha agora para submeter um novo projeto à FAPESP para obter financiamento na segunda etapa do PIPE, visando à construção de modelo piloto da máquina, com todas as modificações observadas na primeira fase do projeto, levando em consideração o equipamento e sua automação, o processo de compostagem para entregar ao mercado um produto de qualidade e eficiente, auxiliando a reduzir os resíduos orgânicos que vão para aterros sanitários e reutilizando-os de forma sustentável em solos agrícolas.

Acesse a notícia completa na página da APTA.

Fonte: Fernanda Domiciano, Assessoria de Imprensa da APTA. Imagem: Divulgação, APTA.

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