Notícia

UFPB desenvolve material reforçado com fibra vegetal para aplicação na construção civil

Resina é obtida a partir do petróleo e de sobras de fibras vegetais da fabricação de vassouras

Letícia Dantas, UFPB

Fonte

UFPB | Universidade Federal da Paraíba

Data

terça-feira, 30 março 2021 11:25

Áreas

Construção Civil. Engenharia Civil. Sustentabilidade.

Os pesquisadores Dra. Denise MunizDr. Eduardo Santos, egressos do curso de doutorado do Programa de Pós-graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPCEM), vinculado ao Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), desenvolveram o fibranato, compósito polimérico reforçado por sobras de fibra vegetal.

O fibranato pode ser aplicado na construção civil enquanto revestimento de superfícies, como pisos e paredes, em ambientes internos e externos, em substituição a rochas ornamentais, a exemplo do mármore, do gnaisse e do granito.

Um material compósito é um material formado pela união de outros materiais com o intuito de obter um produto de maior qualidade. O fibranato desenvolvido pelos pesquisadores foi criado com resina polimérica insaturada. A resina foi obtida do craqueamento do petróleo, um processo químico que transforma frações de cadeias carbônicas maiores em frações com cadeias carbônicas menores, e reforçada por sobras de fibras vegetais obtidas do descarte do processo de fabricação de vassouras, submetidas a tratamento superficial.

“Conforme o estudo realizado em minha tese, espera-se beneficiar, na melhor das hipóteses, uma população de produtores de fibra de piaçava, uma espécie de palmeira [usada na fabricação de vassouras, artesanato e coberturas de cabanas]. Esses produtores habitam a Costa do Dendê e a Costa do Cacau, no Sul da Bahia, cuja matriz econômica é estruturada na produção agrossilvipastoril, que integra atividades agrícolas, pastoris e florestais”, destacou a Dra. Denise Muniz.

Segundo a doutora pela UFPB, o fibranato se insere em um mercado que movimentou cerca de R$ 74 bilhões em 2019, somente no âmbito da construção de edifícios residenciais e comerciais, cujo crescimento estimado é de 4% para este ano. “A demanda por revestimentos tenderá a acompanhar este percentual”, analisou a pesquisadora.

O pedido da patente do produto foi registrado junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com a assessoria e apoio da Agência de Inovação Tecnológica (Inova) da UFPB, em 2018, sendo o fibranato premiado na categoria “Patente de invenção”, na 5ª edição do Prêmio de Inovação Tecnológica Professor Delby Fernandes de Medeiros, concedido pela UFPB.

A criação do produto atende aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), iniciativa global para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, promoção dos direitos humanos e redução da pobreza e das desigualdades.

Além disso, o invento tem o potencial de otimizar a cadeia produtiva da silvicultura, relativa ao cultivo de florestas através do manejo agrícola, aliada ao formato de Arranjo Produtivo Local (APL). Segundo os pesquisadores, o produto possui viabilidade técnico-econômica e potencial competitivo no mercado.

A patente teve financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com o recurso das bolsas de estudo disponibilizadas aos pesquisadores-inventores.

Interessados em desenvolver o produto e investir na produção de lotes do fibranato podem entrar em contato pelo e-mail omnispdp@yahoo.com ou pelos telefones (83) 98813.4718 e (83) 99990.0953.

Acesse a notícia completa na página da UFPB.

Fonte: Pedro Paz e Aline Lins, UFPB. Imagem: Letícia Dantas, UFPB.

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