Notícia
UFMG desenvolve 67 pesquisas para avaliar impactos do rompimento da barragem de Brumadinho
Fruto de parceria inédita com o poder judiciário, iniciativa envolve mais de 400 pesquisadores em diversas frentes
CEDOC, TV UFMG (Reprodução)
Fonte
UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais
Data
sábado, 30 janeiro 2021 14:35
Áreas
Monitoramento Ambiental. Sociedade.
Um dos maiores desastres socioambientais da história do Brasil, o rompimento da barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho/MG, completou dois anos no último dia 25 de janeiro. Desde o início, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) atuou na região por meio de ações emergenciais e de planejamento de estudos para avaliar impactos da tragédia nas dezenas de municípios afetados.
Uma das iniciativas foi a estruturação do Projeto Brumadinho UFMG, parceria institucional inédita com o poder judiciário, cujo objetivo é auxiliar o Juízo da 2ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Belo Horizonte por meio de análises dos impactos do rompimento em quatro áreas principais: meio ambiente, saúde da população, socioeconômica e infraestrutura.
Em entrevista à TV UFMG, a pró-reitora de Extensão da UFMG e uma das coordenadoras do Projeto, professora Dra. Cláudia Mayorga, relata que, atualmente, 67 subprojetos de pesquisa e extensão compõem essa cooperação técnica. “São mais de 400 pesquisadores e pesquisadoras envolvidos no projeto Brumadinho, entre os quais, 150 professores-doutores vinculados a programas de pós-graduação das diversas áreas do conhecimento”, informou a pró-reitora.
Sete desses subprojetos têm pesquisas desenvolvidas no Centro de Referência Ambiental (CRA-UFMG), conjunto de laboratórios de ponta instalado no Departamento de Química da UFMG. De acordo com a professora Dra. Claudia Carvalhinho Windmoeller, coordenadora do Centro, a estrutura vai receber neste ano cerca de 20 equipes desses subprojetos para sofisticadas análises físico-químicas de solos, águas subterrâneas e superficiais, sedimentos, rejeitos, material particulado atmosférico e material biológico.
Acesso preferencial
À medida que são liberados pela Justiça, os resultados dos trabalhos são processados e catalogados na Plataforma Brumadinho UFMG, juntamente com informações geradas pelos processos judiciais que tramitam em decorrência do rompimento da barragem. O professor Dr. Clodoveu Davis, coordenador da plataforma, explica que a iniciativa, fruto da parceria entre a Escola de Arquitetura e o Departamento de Ciência da Computação, já resultou na extração de dados e informações de mais de cinco mil documentos. “A plataforma é um repositório de acesso preferencial para o próprio juiz, para os advogados das partes envolvidas e para outros públicos interessados nas áreas temáticas específicas”, explicou o professor Davis.
Assista à reportagem da TV UFMG:
Acesse a notícia completa na página da UFMG.
Fonte: Olívia Resende, Lucas Tunes, Ravik Gomes e Marcelo Duarte, UFMG e TV UFMG.
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