Tese descreve ação da molécula que permite a fecundação das plantas – ambiental t4h | Meio Ambiente, Saúde e Tecnologias

Notícia

Tese descreve ação da molécula que permite a fecundação das plantas

Trabalho premiado investigou atividade biológica de peptídeos hormonais no sistema reprodutivo de planta-modelo

Canal Ambiental, Rede T4H

Fonte

Jornal da USP | Universidade de São Paulo

Data

segunda-feira, 10 dezembro 2018 10:40

Áreas

Biodiversidade, Conservação, Recursos Naturais.

Assim como os animais, as plantas também dependem de hormônios para crescerem e se reproduzirem. Um grupo desses hormônios era conhecido dos pesquisadores do Laboratório de Bioquímica de Proteínas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, por suas funções nas raízes das plantas quando a bióloga Tabata Bergonci topou a tarefa de explicar o que eles faziam também nos tecidos do sistema reprodutivo. Os resultados foram a descrição inédita da atividade de quatro peptídeos – pequenas cadeias de aminoácidos, menores do que uma proteína – nesses tecidos e a descoberta de que um deles é fundamental para permitir a fecundação das plantas.

A tese da pesquisadora Tabata, intitulada “Peptídeos RALF em tecido reprodutivo: caracterização e efeito dos AtRALF 4, 25, 26 e 34”, foi contemplada com o prêmio Tese Destaque USP 2018 e rendeu um artigo publicado na revista científica Science, em dezembro do ano passado. O artigo combinou os resultados apresentados na tese de Tabata com o trabalho de pesquisadores de China, Estados Unidos, México e Alemanha.

Na maioria das plantas, as flores reúnem tanto a parte reprodutiva feminina quanto a masculina. A parte feminina se encontra no centro da flor e a masculina é identificada pelos estiletes com pólen na ponta. A reprodução começa quando o grão de pólen – masculino – encontra o “órgão” reprodutor feminino. A partir desse encontro, o grão de pólen germina e se alonga para o interior do órgão feminino, formando uma estrutura chamada tubo polínico, até encontrar o óvulo. O professor Dr. Daniel Scherer Moura, que orientou Tabata no doutorado do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da Esalq, conta que a história da pesquisa começou quando um aluno da graduação observou, em seu trabalho de iniciação científica, a presença de grande quantidade de peptídeos RALF (Fator de Alcalinização Rápida, na sigla em inglês) nas estruturas reprodutivas das flores.

O problema era que, até então, sabia-se apenas que os peptídeos desse grupo atuavam como inibidores da expansão celular nas raízes da planta. “A pergunta que eu passei para minha aluna responder foi justamente esta: em primeiro lugar, por que em tecidos reprodutivos nós temos inúmeros desses peptídeos e por que eles são produzidos em tamanha quantidade num tecido que, teoricamente, quer crescer? Ele não precisa ser inibido na sua expansão, ele quer justamente o contrário”, diz Moura. “O que nos chamou a atenção é que metade dos RALFs da planta estavam nos tecidos reprodutivos e eram muito expressos, quando comparávamos com outros (tecidos)”, conta Tabata.

Acesse o conteúdo completo da notícia na página do Jornal da USP.

Fonte: Silvana Salles, Jornal da USP.

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