Notícia

Tecnologia detecta antibióticos em águas e efluentes com smartphone

Solução permite avaliar, com um smartphone, a contaminação por antibióticos, em tempo real, em águas e efluentes

Divulgação, Projeto S-MODE, Universidade do Porto

Fonte

Universidade do Porto

Data

quinta-feira, 17 março 2022 11:45

Áreas

Ciência de Dados. Contaminação. Engenharia Ambiental. Inteligência Artificial. Microbiologia. Monitoramento Ambiental. Qualidade da Água. Recursos Hídricos. Saneamento. Saúde.

O Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), o LAQV-REQUIMTE, a Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e o Instituto de Ciências Biomédica Abel Salazar (ICBAS), em Portugal, desenvolveram uma solução que permite, com um smartphone, avaliar a contaminação por antibióticos, tipicamente sulfonamidas e fluoroquinolonas, em tempo real, em águas e efluentes ambientais. A tecnologia, que surgiu no âmbito do projeto Screening of antibiotic contamination by mobile devices (S-MODE), contribuirá para a monitorização e proteção de ecossistemas.

Como explicou o Dr. Hélder Oliveira, pesquisador do INESC TEC, esta tecnologia combina um aplicativo, compatível com os sistemas Android e iOS, e um algoritmo de processamento de imagem baseado em machine learning que, incorporado ao smartphone, permite avaliar a contaminação por antibióticos.

Além disso, a utilização de técnicas de visão computacional, para recolha e análise de imagens no terreno, associadas à possibilidade de obter a localização geográfica, graças ao uso do dispositivo móvel, possibilita a elaboração de um mapeamento imediato dos locais onde decorreu a coleta da amostra. 

“Será possível fazer uma avaliação em tempo real da contaminação de recursos aquíferos, permitindo também a monitorização da descarga de efluentes, por exemplo, a partir de estações de tratamento”, esclareceu o pesquisador, acrescentando que a solução pode, desta forma, “ser encarada como uma garantia de proteção dos ecossistemas, considerando os baixos limites de detecção, da ordem do micrograma por litro, que serão atingidos”.  

Ainda em fase de protótipo, mas já demonstrada em ambiente real, a solução foi desenvolvida no âmbito do projeto S-MODE, que contou com um orçamento de quase 240 mil euros (cerca de R$ 1,35 milhão) e o cofinanciamento do programa Compete 2020 e da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) de Portugal.

O Projeto S-MODE terminou em dezembro de 2021, sendo que a Conferência para apresentação dos resultados do projeto, intitulada “Projeto S-MODE: combinar a inteligência artificial com a química para a monitorização ambiental”, aconteceu no final de janeiro de 2022. 

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.

Fonte: Raquel Abreu, INESC TEC. Imagem: Divulgação, Projeto S-MODE, Universidade do Porto.

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