Notícia
Startup cria palafita sustentável e tecnológica adaptada ao movimento dos rios
Projeto de palafita com elevação hidráulica foi pensado no período de cheia dos rios
Divulgação, UFPA
Fonte
UFPA | Universidade Federal do Pará
Data
sexta-feira, 17 maio 2019 16:50
Áreas
Construção Civil. Empreendedorismo. Gestão de Resíduos. Inovação. Sustentabilidade
Transformar o conhecimento acadêmico em tecnologias úteis e em novos tipos de negócios é uma das razões da existência do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, espaço em que boas ideias se tornam soluções para empresas e para a sociedade, sob a forma de tecnologias, produtos e serviços. A Várzea Engenharia, startupresidente no parque tecnológico desde 2016, criou um projeto de palafita com elevação hidráulica, pensando no período de cheia dos rios.
A palafita é feita com madeira biossintética, produzida da reciclagem de polietileno, um tipo de plástico usado largamente na indústria de embalagem. O material recebe um tratamento repelente, à base de andiroba, para afastar os mosquitos transmissores de doenças.
O projeto prevê, ainda, a instalação de fossa séptica e biológica com sistema de filtro natural, permitindo tratamento e potabilidade da água; captação de energia fotovoltaica solar, por meio de placas na cobertura; e sistema de comunicação ad hoc, uma tecnologia de rede sem fio que dispensa o uso de um ponto de acesso comum aos computadores conectados a ela, de modo que todos os dispositivos da rede funcionam como se fossem um roteador, encaminhando comunitariamente informações que vêm de dispositivos vizinhos.
A ideia da startup surgiu quando José Coelho Batista cursava a Graduação em Engenharia Civil. “No primeiro dia da aula, durante a disciplina de Metodologia Científica, o professor pediu que cada aluno escolhesse um objeto de estudo e deu a orientação que tivesse algo a ver com sustentabilidade. Lembro que peguei a caneta, o caderno, baixei a cabeça e escrevi todo o projeto Casa de Várzea, direto. A casa de elevação hidráulica veio naturalmente, porque foi o que vivi na infância. A cada 6 meses, tínhamos que abandonar a nossa casa, na região de várzea no município de Juruti. Estava ali no subconsciente”, fala o empreendedor.
Trajetória
No Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, a startup surgiu no coworking, ambiente compartilhado de trabalho, ocupado por diferentes startups e empresas. À medida que o negócio foi se desenvolvendo, a Várzea Engenharia cresceu e ocupou sala própria no prédio Espaço Empreendedor do PCT Guamá. A startup, que começou apenas com o trabalho do idealizador, hoje conta com apoio de um sócio, o engenheiro civil Acacio Canto, e abriga uma equipe com três engenheiros civis, três doutores em diferentes áreas, um economista e mais uma equipe volante que dará apoio ao desenvolvimento dos projetos piloto das escolas de várzea.
O plano é que, em um futuro próximo, a startup construa um prédio próprio na área de parque tecnológico, para a instalação de uma unidade fabril que será responsável pela produção, em larga escala, da madeira biossintética. “Com a construção da fábrica, além de empregar mão de obra local, temos a previsão de reciclar aproximadamente 20% do volume de plástico descartado na Região Metropolitana de Belém. A ideia é estimular a cadeia de reciclagem desse material, tornando, inclusive, o plástico uma moeda de troca para o pagamento da casa”, informa José.
Sobre o PCT Guamá – O Parque de Ciência e Tecnologia Guamá foi criado com base na parceria entre as Universidades Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), que cederam ao governo do Pará a sua área de instalação, e a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Tecnológica (Sectet), hoje a principal mantenedora do empreendimento.
Acesse a notícia completa na página da UFPA.
Fonte: Juliane Frazão, Assessoria de Comunicação do PCT-Guamá. Imagem: Divulgação, UFPA.
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