Notícia

Sistema inteligente poderá ajudar na detecção e combate de incêndios florestais

Sistema Firefront está em desenvolvimento desde 2019 por pesquisadores do Técnico de Lisboa, em Portugal

Ansgar Scheffold via Unsplash

Fonte

Técnico Lisboa | Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa

Data

terça-feira, 14 julho 2020 10:35

Áreas

Engenharia Florestal. Inteligência Artificial. Queimadas.

Uma equipe multidisciplinar liderada pelo Dr. Alexandre Bernardino, professor do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (Técnico Lisboa), em Portugal, e pesquisador do Instituto de Sistemas e Robótica (ISR), está desenvolvendo um sistema de observação inteligente para ajudar na detecção e no combate a incêndios florestais. O projeto intitulado Firefront está em desenvolvimento desde março de 2019 e foi apresentado no último dia 30 de junho, no Aeródromo de Santa Cruz, em Torres Vedras, Portugal.

“O sistema é composto por sensores – câmaras de vídeo e sensores de posicionamento- que podem ser instalados a bordo de aeronaves tripuladas ou não tripuladas, e que detectam o fogo e fazem a predição da localização futura da frente de incêndio. Esta informação é fornecida às forças de combate e permite-lhes tomar melhores decisões sobre a forma de abordar o incêndio”, explicou o professor Alexandre Bernardino.

Podendo ser adaptado a qualquer aeronave que consiga fornecer energia aos sensores, esta solução tecnológica permitirá enviar dados e imagens em tempo real para os agentes da Proteção Civil e prever a propagação das frentes de incêndio, em função do relevo e da biomassa existentes nos cenários reais. Além disso, o sistema fará um mapeamento exato dos focos do incêndio, mesmo em casos de visibilidade reduzida por causa da fumaça, assim como a previsão da evolução das várias frentes do fogo florestal.

Ao longo do processo de desenvolvimento o próprio objetivo original do Firefront sofreu um upgrade, percebendo-se que além de ser  útil no apoio ao combate de incêndios o sistema “poderá também efetuar o apoio à detecção precoce [dos focos]”, explicou o professor Alexandre Bernardino.

Para que o combate aos incêndios florestais seja o mais célere e eficaz possível é fundamental que os meios disponíveis sejam utilizados de forma eficiente, e é neste sentido que o Firefront promete fazer a diferença, apoiando fortemente a tomada de decisão da Proteção Civil. “Atualmente a detecção da localização e previsão de progressão dos incêndios é feita de forma pouco automática, requerendo intervenção humana em vários passos do processo, o que atrasa os tempos de resposta”, lembra o professor Alexandro Bernardino. “Com o Firefront esperamos automatizar grande parte do processo e tornar o acesso à informação mais rápido, aumentando a eficácia do combate”, sublinha o professor.

Neste momento, o sistema está em fase de testes, estando a conclusão do projeto prevista para março de 2022. “Tencionamos este ano completar a aquisição de dados em cenários reais e no próximo ano fazer testes de validação junto às entidades da proteção civil”, concluiu o professor Alexandre Bernardino.

Acesse a notícia completa no Técnico Lisboa.

Fonte: Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa. Imagem: Ansgar Scheffold via Unsplash.

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