Notícia
Reduções significativas nas emissões globais de gases de efeito estufa ainda são possíveis
Uso de técnicas de mitigação para geração de energia elétrica a partir de gás natural pode ser fundamental
Divulgação
Fonte
Universidade McGill
Data
terça-feira, 17 janeiro 2023 19:40
Áreas
Aquecimento Global. Energia. Engenharia Ambiental. Gestão Ambiental. Monitoramento Ambiental. Políticas Públicas. Sustentabilidade. Tecnologias.
Cerca de um quarto da eletricidade mundial atualmente vem de usinas movidas a gás natural. Elas contribuem significativamente para as emissões globais de gases do efeito de estufa – cerca de 10% das emissões relacionadas à energia, de acordo com os números mais recentes de 2017 – e para as alterações climáticas.
Ao reunir dados de 108 países ao redor do mundo e quantificar as emissões por país, uma equipe liderada por pesquisadores da Universidade McGill, no Canadá, incluindo pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, Universidade Johns Hopkins, Universidade do Texas em Austin e da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, estimou que as emissões globais totais de dióxido de carbono (CO2) do ciclo de vida da energia gerada por gás natural é de 3,6 bilhões de toneladas por ano. Os pesquisadores descobriram que esse valor poderia ser reduzido em até 71% se várias opções de mitigação fossem usadas em todo o mundo.
Plantas mais eficientes podem reduzir significativamente os gases de efeito estufa
“Ficamos surpresos com o tamanho da redução potencial de gases de efeito estufa até 2050 e até 2030”, disse a Dra. Sarah Jordaan, professora do Departamento de Engenharia Civil e do Instituto Trottier de Sustentabilidade em Engenharia e Design (TISED) da Universidade McGill e primeira autora de artigo publicado recentemente na revista científica Nature Climate Change. “Se o gás natural vai desempenhar um papel em um futuro de baixo carbono, mesmo por um período de transição, haverá necessidade de melhorar a eficiência das usinas de energia e reduzir as emissões de metano da produção de gás natural, bem como capturar e armazenar CO2”, explicou a professora Sarah Jordaan.
“Descobrimos que a maneira mais eficaz de reduzir as emissões de gases do efeito estufa era com a captura e o armazenamento de carbono, seguida por tornar as usinas de energia mais eficientes”, acrescentou Andrew Ruttinger, doutorando da Universidade Cornell em Engenharia Química e Biomolecular à época da pesquisa. “Mas as opções de mitigação que serão mais bem-sucedidas em qualquer país variam dependendo do contexto regional e da infraestrutura existente.”
A identificação dos impulsionadores de emissões fornece ferramentas aos governos para agir
A equipe calculou que o maior potencial de mitigação (39%) está nos cinco maiores emissores, Estados Unidos, Rússia, Irã, Arábia Saudita e Japão, todos que, exceto o Japão, estão entre os maiores produtores e consumidores de gás do mundo.
“A mudança climática é um desafio global e alcançar um sistema de energia de baixo carbono aponta para a necessidade de reduzir as emissões em toda a cadeia de abastecimento, desde a extração de gás até o uso final”, disse o Dr. Arvind Ravikumar, professor do Departamento de Engenharia de Petróleo e Geossistemas da Universidade do Texas em Austin. “Nossa análise demonstra que são necessários esforços significativos para fazer a transição dos atuais níveis de emissões, mas também que, ao identificar os impulsionadores das emissões na cadeia de abastecimento de gás, os governos podem tomar medidas estratégicas determinadas nacionalmente para reduzir suas emissões”, concluiu o pesquisador.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade McGill (em inglês).
Fonte: Katherine Gombay, Universidade McGill. Imagem: Usina de energia elétrica a gás natural. Fonte: Divulgação.
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