Notícia

Reaproveitamento de resíduos de asfalto pode gerar créditos de carbono e economia significativa

Economia total pode ser correspondente a 7 mil casas populares por ano

Divulgação, PUC-Campinas

Fonte

PUC-Campinas | Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Data

sexta-feira, 20 setembro 2019 07:15

Áreas

Construção Civil. Infraestrutura. Gestão de Resíduos.

O Brasil desperdiça milhões de reais com resíduos de asfalto retirados para o recapeamento de rodovias em todo o país. O professor Adilson Ruizda Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), desenvolveu em sua dissertação de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Infraestrutura Urbana (PosInfra), orientado pela professora Dra. Ana Elizabete Jacintho, um método de reutilização do material que pode gerar uma economia de US$ 97 milhões por ano somente com a venda do CO2 (renda verde) e mais a redução de custos na compra de matéria prima como areia e pedra, suficientes para a construção de 7 mil casas populares de 40 metros quadrados, que poderiam servir para abrigar uma média de 23 mil pessoas.

As raspas do asfalto retiradas durante a fresagem, misturadas com concreto e outros materiais, seriam utilizadas na construção de canaletas, muretas de proteção e outras benfeitorias junto às próprias rodovias. Essa tecnologia, além dos ganhos econômicos para concessionários e poder público, pode reduzir a emissão de CO2 em cerca de 270 mil toneladas. Todos os cálculos foram feitos com base em dados oficiais sobre a malha viária nacional.

Esse COque deixa de ser lançado na atmosfera pode gerar créditos de carbono. A comercialização destes créditos, acrescida da redução de custos da compra de matérias primas como pedras britadas e areia, geraria a economia calculada pelo pesquisador.

O estudo já está em processo de registro de patente, a primeira depositada pela PUC-Campinas junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Por meio do NIT (Núcleo de Inovação Tecnológica), as criações da Universidade serão analisadas e, sendo estratégicas, tramitarão para a proteção da propriedade intelectual. Além disso, farão parte do portfólio da Vitrine Tecnológica da PUC-Campinas, que está sendo criada para divulgar as pesquisas desenvolvidas pela Universidade. Além da intermediação em propriedade intelectual, o NIT tem por objetivo auxiliar na transferência de tecnologia das patentes da Universidade para o mercado.

No caso desta patente, já há o interesse de pelo menos uma concessionária de rodovias em conhecer a técnica e avaliar sua viabilidade. Além dos ganhos ambientais e econômicos, a mistura sugerida na pesquisa ainda aumenta a resistência do material utilizado e sua capacidade de absorção de água.

“Eu trabalho há 29 anos no setor e sei que o material utilizado é caro. Por isso, pensei em como desenvolver mais uma opção para reduzir custos, diminuir desperdícios e impactos ambientais”, disse o professor.

Ele diz que a recomendação técnica e de órgãos de controle é que as pavimentações sejam renovadas a cada 10 anos no máximo, dependendo do volume e do tipo de veículos que transitam nas vias. Por isso, a produção desses resíduos é constante e em grande quantidade. “Atualmente, parte desse resíduo é utilizado por prefeituras para tapar buracos. Mas nem sempre usam a técnica correta para aproveitar melhor o material”, conclui o professor Adilson.

Acesse a notícia completa na página da PUC-Campinas.

Fonte: Marcelo Andriotti, PUC-Campinas. Imagem: Divulgação, PUC-Campinas.

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