Notícia

Qualidade da água: “teste de gravidez” fornece resultados rápidos

Tecnologia com plataforma portátil usa uma única amostra para testar variedade de contaminantes

Reprodução, Universidade Northwestern

Fonte

Universidade Northwestern

Data

quarta-feira, 8 julho 2020 11:45

Áreas

Biotecnologia. Engenharia Ambiental. Monitoramento Ambiental. Recursos Hídricos. Saneamento.

Uma nova tecnologia constituída apresentada na forma de uma plataforma portátil e pequena pode avaliar a segurança e a qualidade da água com apenas uma gota e alguns minutos.

Comparada a um “teste de gravidez”, a plataforma usa uma amostra para fornecer um resultado positivo ou negativo de fácil leitura. Quando o teste detecta um contaminante que excede os padrões da EPA – a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos -, ele brilha na cor verde.

Desenvolvidos por pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, os testes podem detectar 17 contaminantes diferentes, incluindo metais tóxicos, como chumbo e cobre, produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos de limpeza. A plataforma – que é alimentada por biologia sintética sem células – é tão flexível que os pesquisadores podem atualizá-la continuamente para detectar mais poluentes.

“Os testes atuais de água dependem de um laboratório centralizado que contém equipamentos realmente caros e requerem experiência em sua operação”, disse o professor Dr. Julius Lucks, da Universidade Northwestern, que liderou o estudo. “O envio de uma amostra pode custar até US $ 150 e levar várias semanas para receber os resultados. Estamos oferecendo uma tecnologia que permite a qualquer pessoa testar diretamente sua própria água e saber se há contaminação em questão de minutos. É tão simples de usar que podemos colocá-lo nas mãos das pessoas que mais precisam”, destacou o pesquisador. A pesquisa foi publicada no último dia 6 de julho na revista científica Nature Biotechnology.

Um grande desafio de garantir a qualidade da água é que as pessoas normalmente não conseguem ver ou sentir os contaminantes. A nova plataforma usa biologia sintética para detectar essa contaminação imperceptível.

Na biologia sintética livre de células, os pesquisadores retiram o mecanismo molecular – incluindo DNA, RNA e proteínas – das células e, em seguida, reprogramam esse mecanismo para realizar novas tarefas. A ideia é semelhante a abrir o capô do carro e remover o motor, o que permite que os pesquisadores usem o motor para diferentes fins, livres das restrições do carro. Nesse caso, a equipe do Dr. Lucks usou máquinas moleculares de células bacterianas.

“A natureza já resolveu esse problema. A biologia passou mais de três bilhões de anos desenvolvendo uma solução elegante para detectar contaminantes”, ressaltam os pesquisadores.

“Descobrimos como as bactérias naturalmente ‘provam’ a água. Elas fazem isso com poucas ‘papilas gustativas’ de nível molecular. A biologia sintética sem células nos permite retirar essas pequenas papilas gustativas moleculares e colocá-las em um tubo de ensaio. Podemos então ‘reconectá-las’ para produzir um sinal visual. Ela brilha para permitir ao usuário ver rápida e facilmente se há algum contaminante na água”, explica o Dr. Julius Lucks.

“Para garantir o acesso a água potável segura e limpa, precisamos de tecnologias que permitam um fácil monitoramento da qualidade da água. Com um dispositivo portátil simples e fácil de usar como o ROSALIND [como se chama a tecnologia], você pode testar a água em sua casa ou no campo – em qualquer lugar”, concluiu o pesquisador.

Assista ao vídeo de apresentação da tecnologia (em inglês):

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Northwestern (em inglês).

Fonte: Amanda Morris, Universidade Northwestern. Imagem: Reprodução, Universidade Northwestern.

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