Notícia

Proteger, preservar e servir: estudantes de Princeton desenvolvem atividades ambientais em todo o mundo

Alunos de graduação da Universidade Princeton demonstram seu nível de comprometimento com a conservação ambiental atuando em pesquisas, voluntariado e realizando estágios em vários países

Princeton Institute for International and Regional Studies

Fonte

Universidade Princeton

Data

quarta-feira, 9 janeiro 2019 12:50

Áreas

Ciências Ambientais. Educação Ambiental.

Determinados a serem guiados por organizações não-governamentais locais (ONGs) e mentores, estudantes da Universidade Princeton, nos Estados Unidos, mergulham em projetos com foco ambiental ao redor do mundo. Os estudantes são dirigidos por grupos de base, partindo do princípio que as pessoas nativas conhecem melhor suas necessidades. A Universidade promove esse trabalho, oferecendo oportunidades para servir em vários países a cada ano, através do Princeton Institute for International and Regional Studies (PIIRS). Os alunos avançam nesses projetos culturalmente imersivos enquanto decidem contribuir para o lema não oficial de Princeton: “A Serviço da Nação e a Serviço da Humanidade”. A seguir, algumas das histórias de alunos cujas experiências no exterior moldaram quem são hoje.

Kisara Moore – Província de Kunming, China

A estudante Kisara Moore queria tirar um ano sabático na China, mas não na China que “aparece em folhetos e catálogos”. Ela foi para a província de Yunnan, no sudoeste da China, onde participou de dois projetos ambientais. A vida na China a expôs tanto a bancos multinacionais quanto a funcionários do governo que supervisionavam um enorme projeto de infraestrutura, bem como a pequena vila de Lisichong – com uma população de 50 pessoas – onde mulheres da minoria étnica Miao ensinavam suas danças tradicionais.

No Centro de Pesquisa e Promoção da Gestão de Bacias Hidrográficas de Yunnan, Kisara Moore traduziu conversas telefônicas e artigos para o inglês. Ela filmou e editou curtas-metragens com conversas entre trabalhadores de ONGs e a população local, cuja qualidade de vida é afetada por projetos em andamento no Sudeste Asiático. Ela também ajudou a desenvolver aulas e workshops para as mulheres Miao através do Eco-Women, um projeto que educa mulheres em comunidades rurais sobre sustentabilidade ambiental e práticas agrícolas. A maioria dos agricultores são mulheres, pois os homens geralmente estão longe da aldeia trabalhando em empregos industriais. O uso de pesticidas é um problema preocupante.

“Juntamente com o meio ambiente, nos concentramos muito no fato de que os moradores estavam perdendo contato com sua herança cultural através do impacto da globalização e modernização”, disse Kisara. “Essas experiências causaram um profundo impacto em meus valores e visão de mundo”, disse a estudante. “Eu ganhei um novo apreço pelas organizações sem fins lucrativos e pela importância do trabalho deles depois de ver o quanto eles são dedicados ao que fazem. Estou confiante de que estas ideias continuarão a moldar-me e a desenvolver-me enquanto estiver em Princeton”.

Maria Stahl – Centro de Pesquisas Mpala Quênia

Todas as manhãs do verão passado, a estudante Maria Stahl dirigiu-se ao Centro de Pesquisas Mpala, no Quênia, com uma lista de 15 a 20 plantas que ela iria buscar naquele dia. Juntamente com outras pessoas no grupo de pesquisa do Dr. Robert Pringle, professor associado de ecologia e biologia evolutiva, Maria Stahl saía em busca de amostras de espécies de gramíneas nativas. Ela fazia parte de um esforço maior para criar um banco de dados de todas as plantas da reserva.

Maria Stahl realizou um estágio de verão de oito semanas pelo Princeton Environmental Institute (PEI). A experiência ajudou-a a se tornar mais madura como cientista. “No campo, ela disse, não há ninguém olhando por cima do seu ombro para lhe dar conselhos ou orientar suas decisões”, destaca a estudante. Isso fez com que o laboratório trabalhasse registrando espécies de plantas e caracterizando suas características mais significativas. E ela evoluiu em um conjunto de habilidades que ela havia começado a trabalhar no ano anterior, durante outro estágio ambiental.

“Essas experiências me ensinaram que eu realmente valorizo ​​o trabalho prático, em campo”, disse ela, acrescentando que pretende tirar um ano ou dois de folga antes da pós-graduação para buscar um trabalho de preservação. “Foi muito legal ver as diferentes formas que a ciência pode assumir e ouvir de estudantes de graduação e outros pesquisadores sobre os caminhos que eles tomaram para chegar onde estão.”

Lap Hei Lam– Lima, Peru

O estudante de Princeton Lap Hei Lam decidiu fazer um estágio internacional em Lima, no Peru. Lá, com 18 outros estagiários, Lam trabalhou em alguns projetos locais. O principal projeto envolveu o ensino de habilidades de liderança para crianças em idade escolar através do olhar da sustentabilidade ambiental. Outro projeto era centrado em uma exposição ambiental sobre questões que afetam os oceanos. Lam tratou de tudo, de arraias a pesca excessiva e resíduos de plástico, contribuindo para 40 páginas de documentos que direcionavam a instalação da exposição.

Mas talvez a mais instrutiva de todas as ações, diz Lam, foi uma viagem a Tarapoto, uma comunidade de caçadores e agricultores da Amazônia que esgotara em grande parte seus recursos naturais. Um grupo de voluntários locais ajudou a redirecionar a pequena economia de Tarapoto para o ecoturismo, o que Lam considerou essencial e uma lição de cooperação em toda a comunidade. “A transformação gerou resultados espetaculares e deixou claro como a conservação pode ser impactante”, disse Lam, que está considerando se especializar em engenharia civil e ambiental.

“Agora, quero pensar em como posso contribuir para o desafio da degradação ambiental”, disse Lam. “Mas eu também gostaria de ver como o nível corporativo lida com essas coisas – petróleo, propano, gás natural – porque é sempre muito diferente da forma como a mídia as retrata. É muito importante ver os dois lados da questão. As empresas afirmam que estão investindo mais em opções limpas, mas até que ponto elas estão realmente fazendo isso? Quão longe já fomos? Eu quero explorar o lado corporativo disso – se eles vão mudar sua abordagem através de uma pressão crescente. Estou tentando reconciliar esses dois lados de uma questão importante”, conclui o estudante.

Acesse a página do Princeton Institute for International and Regional Studies (em inglês).

Acesse a reportagem completa na página da Universidade de Princeton (em inglês).

Fonte: Wendy Plump, Unviersidade Princeton. Imagem: Maria Stahl, no Centro de Pesquisas, no Quênia. Fonte: Princeton Institute for International and Regional Studies.

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