Notícia

Projeto instala central de coleta multisseletiva de resíduos em condomínio

Projeto ‘Separar é do Bem’ consiste em um método de separação e acondicionamento diferenciado dos resíduos gerados nos grandes condomínios residenciais localizados na cidade de Londrina

Divulgação, NINTER/UEL

Fonte

UEL | Universidade Estadual de Londrina

Data

terça-feira, 8 junho 2021 06:50

Áreas

Cidades. Educação Ambiental. Gestão de Resíduos. Logística. Sustentabilidade.

Docentes do Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Resíduos (NINTER) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) estão finalizando um estudo piloto que abarcou uma nova tecnologia social desenvolvida no âmbito da Universidade: uma central de coleta multisseletiva em condomínios residenciais para separação e o acondicionamento diferenciado de resíduos, em conjunto com um programa de educação e sensibilização ambiental.

Trata-se do Projeto “Separar é do Bem”, que consiste em um método de separação e acondicionamento diferenciado dos resíduos gerados nos grandes condomínios residenciais localizados na cidade de Londrina. O objetivo é reorganizar o espaço físico de acondicionamento dos resíduos domiciliares com o propósito de educar e responsabilizar os indivíduos para o manejo e a separação adequada pós-consumo nas residências.

O local escolhido foi um edifício residencial de alto-padrão com 26 pavimentos tipo e 104 apartamentos, localizado na Gleba Palhano. Cada unidade habitacional tem 132 m2 de área útil e 216m2 de área total. Segundo a professora Dra. Lilian Aligleri (Departamento de Administração/CESA), coordenadora do NINTER, foram os próprios moradores que procuraram o NINTER durante um evento para pedir assistência.

Pela proposta do projeto, o próprio morador acondiciona os rejeitos, orgânicos e recicláveis separadamente, numa triagem diferenciada. Em princípio, os resíduos poderiam ser separados em 12 frações: orgânico; rejeito; papel, plástico, papelão, metais e isopor; vidro; material têxtil; óleo de cozinha; pilha e bateria; lâmpada; eletroeletrônico; medicamento vencido e sobras; perfurocortante e esponja de limpeza. Contudo, já cabe às cooperativas realizar parte desta separação.

Outra iniciativa foi colocar lixeiras nas áreas comuns para incentivar a coleta segregada. Cabe lembrar que nem todos estes materiais possuem coleta embasada legalmente. É o caso do material têxtil, óleo de cozinha e esponja de limpeza. Porém, aqui novamente o projeto foi positivo, pois inovou ao aproveitar parcerias já existentes ou criar outras com entidades para cuidar de tais resíduos. É o que destaca o professor Caio Victor Rodrigues (Departamento de Construção Civil/CTU), que ressaltou a preocupação do projeto em articular estas parcerias de logística reversa a fim de fechar o ciclo dos materiais, de sua produção à destinação final, gerando renda. Ele avalia que é um processo em andamento, um avanço gradual até contemplar todo tipo de resíduo.

Fases de implementação

A implementação foi feita em três fases. Na primeira fase (pré), o projeto fez uma pesagem diária dos resíduos (por 15 dias), aplicou um questionário aos moradores para conhecer seu comportamento com relação ao assunto e fez estudo arquitetônico do local. Na segunda etapa, comprou equipamentos e materiais, fez as modificações e instalações necessárias, imprimiu e distribuiu informativos e enviou banners e vídeos para as redes sociais dos moradores. Na terceira fase (pós), entre 45 e 60 dias depois, nova pesagem e novo questionário. Alguns dados tiveram pouca alteração: a massa semanal de resíduos supera 1 tonelada, dois terços são encaminhados como orgânicos/rejeitos, e segunda-feira permaneceu como o dia da semana em que se recolhe mais massa de resíduos. Ou seja, a pandemia parece ter alterado pouco os hábitos. Mas os dados ainda serão devidamente avaliados.

Mais do que realizar a coleta seletiva, o projeto pretende estimular a cultura de cuidados com o descarte de resíduos e um senso de coletividade motivador das ações, a partir da conscientização e sensibilização dos moradores. Tudo passa ainda pela orientação de síndicos e zeladores e pelo estabelecimento de um layout que facilita não só a coleta, mas a própria educação ambiental.

Acesse a notícia completa na página do portal O Perobal/UEL.

Fonte: José de Arimathéia, Agência UEL. Imagem: Divulgação, NINTER/UEL.

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