Notícia
Projeto cria sistema de vigilância sobre poluição do ar e queimadas na região Amazônica
Plataforma on-line monitora ocorrência de queimadas e qualidade do ar na região Amazônica, com base em sensores de qualidade do ar de baixo custo, dados de satélites ambientais e estimativas de modelos numéricos de qualidade do ar
Divulgação, Plataforma SELVA
Fonte
UEA | Universidade do Estado do Amazonas
Data
sábado, 11 junho 2022 13:10
Áreas
Ciência Ambiental. Educação Ambiental. Engenharia Ambiental. Engenharia Florestal. Geociências. Monitoramento Ambiental. Qualidade do Ar. Queimadas.
Desenvolvido por pesquisadores da Escola Superior de Tecnologia (EST) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) é uma plataforma on-line que monitora a ocorrência de queimadas e a qualidade do ar na região Amazônica, com base em sensores de qualidade do ar de baixo custo (montados pelo grupo de pesquisa da EST), dados de satélites ambientais e estimativas de modelos numéricos de qualidade do ar.
A plataforma é parte do Programa de Educação Ambiental sobre Poluição do Ar (EducAIR), que é liderado por pesquisadores UEA, com o apoio da Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (FUEA) e da Cuomo Foundation.
O EducAIR foi pensado para contribuir na mudança de realidade da próxima geração dos povos amazônicos frente à grande ameaça das queimadas que ocorrem na região e os impactos das emissões na qualidade do ar, visando despertar o ambientalismo interno nos jovens estudantes, principalmente aqueles de escolas públicas. O programa foi desenhado para conscientizar os estudantes da Amazônia de como as ações da humanidade afetam a qualidade do ar em ambas as formas, positivas e negativas. Ao trazer à tona esse conhecimento e informações sobre o que se respira, espera-se criar uma compreensão compartilhada de quais podem ser os melhores caminhos à frente.
De acordo com os professores Dr. Rodrigo Augusto Souza e Dr. Igor Oliveira Ribeiro, coordenadores do projeto, os desafios para combater essa realidade da poluição do ar e degradação da Amazônia são grandes e a educação é peça-chave neste quebra-cabeça. Segundo eles, conscientizar os alunos dos ensinos fundamental e médio e, consequentemente suas famílias, sobre a importância do ar limpo e da conservação da Amazônia é o pilar central do Programa EducAIR.
“Uma das formas de atingir os alunos nesse processo de educação ambiental é trabalhar a inclusão de tecnologias. Então, surgiu a ideia de contextualizar as queimadas e a qualidade do ar com o uso de tecnologia, alinhada com as novas bases curriculares recomendadas pelos órgãos de controle da educação. A expectativa é que esse projeto cresça e atinja o maior número de escolas em todo o Amazonas. Sobre o projeto SELVA, o objetivo é disponibilizar as informações de maneira amigável para população, de forma simples, acessível e de fácil interpretação. Esse projeto é pioneiro na região amazônica por vários fatores, entre eles a composição do equipamento com sensor de baixo custo, a pulverização da informação para diferentes regiões e a oportunidade de disponibilizar, pela primeira vez, os dados de maneira totalmente acessível e compreensiva para os 62 municípios do Amazonas. O foco é entregar essas informações para a sociedade para popularizar a ciência”, destacou o professor Rodrigo.
O professor Igor Oliveira explicou que os estudantes aprenderão a medir a poluição do ar por partículas em suas escolas e comunidades por meio de um sensor de monitoramento em tempo real, de baixo custo, e da plataforma on-line SELVA. O professor ressaltou, ainda, a possibilidade da plataforma de monitoramento ser utilizada como ferramenta de apoio para nortear políticas públicas no contexto de melhorar a qualidade do ar na região, principalmente no período de queimadas. Por fim, o coordenador enfatizou que a expectativa é de que novos parceiros se juntem a esta iniciativa para que outros municípios da Amazônia também participem desta ação.
Acesse a plataforma on-line SELVA.
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Estado do Amazonas.
Fonte: Ascom, UEA. Imagem: Divulgação, Plataforma SELVA.
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