Notícia
Portal torna públicos dados sobre eficiência energética
O projeto é pioneiro e permite acesso de consumidores a dados e indicadores
Pixabay
Fonte
Jornal da Unicamp
Data
quinta-feira, 6 dezembro 2018 12:00
Áreas
Energia, Gestão Ambiental, Recursos Naturais, Sustentabilidade.
Um grupo de pesquisadores da Unicamp, em conjunto com outras universidades, ONGs e empresas, está envolvido na construção de um Portal Brasileiro de Indicadores de Eficiência Energética (PBIEE). O endereço tornará disponível, para toda a sociedade, seja consumidor, concessionárias de energia, indústria e/ou governo, informações sobre os meios eficazes e projetos mais aderentes que estão sendo implantados, finalizados ou em andamento no Brasil sobre Eficiência Energética (EE).
A ideia do portal é reunir, em um só lugar, informações sobre programas e projetos de EE, como PROCEL, os programas mandatórios das distribuidoras regulados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), etiquetagem e outros, para acompanhar os progressos na área de eficiência energética no país. O objetivo é produzir indicadores e análises de eficiência energética a partir de uma base de dados, de forma que o Portal se torne uma referência nacional no tema, uma vez que ainda não existe nada similar que permita monitorar os instrumentos de política pública existentes.
De acordo com Gilberto De Martino Jannuzzi, coordenador do projeto e professor da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp, esse tipo de informação é de grande importância para o consumidor porque, para além de fiscalizar o setor, ele pode avaliar o seu gasto com determinados equipamentos, mensurar a eficiência desses aparelhos e qual o seu impacto na economia do país, além de conhecer quais os melhores programas e projetos que estão sendo desenvolvidos no Brasil na área de EE. “O consumidor poderá também comparar o número de empregos gerados com EE e outros tipos de energia, saber se os programas da concessionária da sua região estão trazendo resultados positivos e quais são as barreiras existentes na implementação de determinado projeto. É uma forma simples e mais objetiva de prestar contas ao consumidor sobre como o seu dinheiro está sendo investido e o quanto a EE impacta no seu bolso”, revela Jannuzzi.
Não há hoje, no Brasil, um local em que se tenha facilmente o acesso a indicadores ou dados que permitam análises sobre EE. As informações estão dispersas e, para obtê-las, apesar da Lei de Transparência (LC 131/2009) e da Lei de Acesso à Informação (12.527/2011), é necessário enfrentar alguns entraves burocráticos que o consumidor não conseguiria com tanta fluidez e praticidade, dificultando qualquer avaliação que possa influenciar na sua decisão de compra ou mesmo mudança de comportamento quando se fala em economia de energia.
Além dos diversos formatos de arquivos, como planilhas, tabelas, gráficos e infográficos, o usuário do portal terá acesso a algumas análises já realizadas pela equipe do projeto como, por exemplo, quais os melhores programas de iluminação que estão sendo realizados no país, além de contar com a opção de cruzar dados e informações para obtenção das suas próprias análises. Os dados são públicos e poderão ser baixados pelos usuários.
De acordo com o professor Jannuzzi, o Portal terá um papel fundamental como instrumento de apoio para a coalizão em eficiência energética entre várias organizações com interesses afins, como o Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), o Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC) e Transparência Brasil, entre outras. Por isso, o espaço será muito bem delineado e dividido, sendo um voltado exclusivamente para o consumidor, que poderá verificar o investimento em função da energia economizada por tipo de uso final, permitindo observar o desempenho de cada distribuidora, e outro para os pesquisadores e especialistas da área de energia que poderão, no caso de empresas, conhecer melhor o mercado e os diferentes hábitos dos consumidores.
Para as instâncias de governo, as informações poderão auxiliá-las nos mecanismos de políticas públicas e no seu exercício de planejamento energético para o país; no caso das concessionárias, permitirá que elas invistam em projetos mais focados, específicos.
Acesse a notícia completa na página do Jornal da Unicamp.
Fonte: Ristiane Bergamini, LABJOR. Imagem: Pixabay.
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