Notícia
Poluição doméstica por queima de combustíveis sólidos pode aumentar risco de doenças cardiovasculares
Poluição doméstica causada pelo uso de madeira ou carvão para cozinhar ou aquecer pode estar associada a maior risco de morte por ataque cardíaco ou derrame
Pixabay
Cerca de três bilhões de pessoas em todo o mundo usam combustíveis sólidos (por exemplo, carvão, madeira ou mesmo resíduos agrícolas) para cozinhar e aquecer suas casas. Quando queimados, esses combustíveis produzem fumaça que contém uma concentração muito alta de partículas finas (conhecidas como PM2.5) e outras substâncias nocivas, especialmente em casas sem ventilação adequada.
Estima-se que em todo o mundo cerca de 2,5 milhões de mortes em 2016 foram relacionadas à poluição atmosférica domiciliar resultante. Na China, apesar da rápida urbanização nas últimas décadas, cerca de uma em cada três pessoas ainda depende muito de combustíveis sólidos, principalmente carvão e madeira, para fins domésticos.Acredita-se, portanto, que o impacto sobre a saúde da poluição do ar doméstico na população chinesa é substancial, mas pesquisas anteriores não forneceram evidências concretas.
Pesquisadores da Universidade de Oxford,no Reino Unido, da Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia, da Academia Chinesa de Ciências Médicas e da Universidade de Pequim, na China, estudaram a associação do uso a longo prazo de combustíveis sólidos para cozinhar e aquecer com o risco de morte por doenças cardiovasculares. O estudo considerou 271.000 residentes em cinco áreas rurais na China.
Este estudo é baseado no estudo prospectivo China Kadoorie Biobank de 500 mil adultos de cinco áreas urbanas e cinco áreas rurais, que foi estabelecido em conjunto pela Universidade de Oxford e pelaa Academia Chinesa de Ciências Médicas durante 2004-08. O presente relatório incluiu apenas participantes de 5 áreas rurais, onde o uso de combustíveis sólidos para fins domésticos ainda é comum. O estado de saúde dos participantes do estudo foi monitorado através de ligações com registros de óbitos por uma média de sete anos. Durante este período, mais de 5.500 participantes morreram de doenças cardiovasculares (por exemplo, acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco) entre aqueles que não tinham histórico de doença cardiovascular no recrutamento inicial.
Os pesquisadores descobriram que, em comparação com pessoas que usavam principalmente gás ou eletricidade (“combustíveis limpos”), aqueles que cozinhavam regularmente usando carvão ou madeira (“combustíveis sólidos”) tinham um risco de mortalidade 20% maior de doenças cardiovasculares e pessoas que aqueciam suas casas usando combustíveis sólidos tiveram um aumento de 29% no risco, depois de levar em conta os efeitos da idade, sexo, status socioeconômico, tabagismo, consumo de álcool, dieta, atividade física e obesidade. O estudo também mostrou claramente que quanto mais tempo as pessoas usavam combustíveis sólidos, maior o risco de morte. Além disso, havia efeitos sinérgicos da poluição do ar nos lares e do tabagismo, com o risco de morte por doenças cardiovasculares sendo 76% maior entre os fumantes que usavam combustível sólido do que os não fumantes que usavam combustíveis limpos.
O artigo científico que relata os resultados deste estudo foi publicado na revista the Journal of the American Medical Association (JAMA).
Acesse a notícia completa da Universidade de Oxford (em inglês).
Fonte: Universidade de Oxford. Imagem: Pixabay.
Cerca de três bilhões de pessoas em todo o mundo usam combustíveis sólidos (por exemplo, carvão, madeira ou mesmo resíduos agrícolas) para cozinhar e aquecer suas casas. Quando queimados, esses combustíveis produzem fumaça que contém uma concentração muito alta de partículas finas (conhecidas como PM2.5) e outras substâncias nocivas, especialmente em casas sem ventilação adequada.
Estima-se que em todo o mundo cerca de 2,5 milhões de mortes em 2016 foram relacionadas à poluição atmosférica domiciliar resultante. Na China, apesar da rápida urbanização nas últimas décadas, cerca de uma em cada três pessoas ainda depende muito de combustíveis sólidos, principalmente carvão e madeira, para fins domésticos.Acredita-se, portanto, que o impacto sobre a saúde da poluição do ar doméstico na população chinesa é substancial, mas pesquisas anteriores não forneceram evidências concretas.
Pesquisadores da Universidade de Oxford,no Reino Unido, da Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia, da Academia Chinesa de Ciências Médicas e da Universidade de Pequim, na China, estudaram a associação do uso a longo prazo de combustíveis sólidos para cozinhar e aquecer com o risco de morte por doenças cardiovasculares. O estudo considerou 271.000 residentes em cinco áreas rurais na China.
Este estudo é baseado no estudo prospectivo China Kadoorie Biobank de 500 mil adultos de cinco áreas urbanas e cinco áreas rurais, que foi estabelecido em conjunto pela Universidade de Oxford e pelaa Academia Chinesa de Ciências Médicas durante 2004-08. O presente relatório incluiu apenas participantes de 5 áreas rurais, onde o uso de combustíveis sólidos para fins domésticos ainda é comum. O estado de saúde dos participantes do estudo foi monitorado através de ligações com registros de óbitos por uma média de sete anos. Durante este período, mais de 5.500 participantes morreram de doenças cardiovasculares (por exemplo, acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco) entre aqueles que não tinham histórico de doença cardiovascular no recrutamento inicial.
Os pesquisadores descobriram que, em comparação com pessoas que usavam principalmente gás ou eletricidade (“combustíveis limpos”), aqueles que cozinhavam regularmente usando carvão ou madeira (“combustíveis sólidos”) tinham um risco de mortalidade 20% maior de doenças cardiovasculares e pessoas que aqueciam suas casas usando combustíveis sólidos tiveram um aumento de 29% no risco, depois de levar em conta os efeitos da idade, sexo, status socioeconômico, tabagismo, consumo de álcool, dieta, atividade física e obesidade. O estudo também mostrou claramente que quanto mais tempo as pessoas usavam combustíveis sólidos, maior o risco de morte. Além disso, havia efeitos sinérgicos da poluição do ar nos lares e do tabagismo, com o risco de morte por doenças cardiovasculares sendo 76% maior entre os fumantes que usavam combustível sólido do que os não fumantes que usavam combustíveis limpos.
Pesquisadores da Universidade de Oxford,no Reino Unido, da Universidade Huazhong de Ciência e Tecnologia, da Academia Chinesa de Ciências Médicas e da Universidade de Pequim, na China, estudaram a associação do uso a longo prazo de combustíveis sólidos para cozinhar e aquecer com o risco de morte por doenças cardiovasculares. O estudo considerou 271.000 residentes em cinco áreas rurais na China.
Este estudo é baseado no estudo prospectivo China Kadoorie Biobank de 500 mil adultos de cinco áreas urbanas e cinco áreas rurais, que foi estabelecido em conjunto pela Universidade de Oxford e pelaa Academia Chinesa de Ciências Médicas durante 2004-08. O presente relatório incluiu apenas participantes de 5 áreas rurais, onde o uso de combustíveis sólidos para fins domésticos ainda é comum. O estado de saúde dos participantes do estudo foi monitorado através de ligações com registros de óbitos por uma média de sete anos. Durante este período, mais de 5.500 participantes morreram de doenças cardiovasculares (por exemplo, acidente vascular cerebral ou ataque cardíaco) entre aqueles que não tinham histórico de doença cardiovascular no recrutamento inicial.
Os pesquisadores descobriram que, em comparação com pessoas que usavam principalmente gás ou eletricidade (“combustíveis limpos”), aqueles que cozinhavam regularmente usando carvão ou madeira (“combustíveis sólidos”) tinham um risco de mortalidade 20% maior de doenças cardiovasculares e pessoas que aqueciam suas casas usando combustíveis sólidos tiveram um aumento de 29% no risco, depois de levar em conta os efeitos da idade, sexo, status socioeconômico, tabagismo, consumo de álcool, dieta, atividade física e obesidade. O estudo também mostrou claramente que quanto mais tempo as pessoas usavam combustíveis sólidos, maior o risco de morte. Além disso, havia efeitos sinérgicos da poluição do ar nos lares e do tabagismo, com o risco de morte por doenças cardiovasculares sendo 76% maior entre os fumantes que usavam combustível sólido do que os não fumantes que usavam combustíveis limpos.
O artigo científico que relata os resultados deste estudo foi publicado na revista the Journal of the American Medical Association (JAMA).
Acesse a notícia completa da Universidade de Oxford (em inglês).
Fonte: Universidade de Oxford. Imagem: Pixabay.
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