Notícia

Plantas que absorvem metais podem ajudar a fornecer um futuro sustentável para a mineração

Colheita de plantas que podem absorver metal do solo pode ser uma solução sustentável para mineração e reabilitação, de acordo com pesquisas da Universidade de Queensland

Antony van der Ent, Universidade de Queensland

Fonte

Universidade de Queensland

Data

sexta-feira, 13 agosto 2021 06:35

Áreas

Biologia. Botânica. Economia. Engenharia Florestal. Gestão de Resíduos.

O Instituto de Minerais Sustentáveis (SMI) da Universidade de Queensland, na Austrália, se associou ao governo de Queensland para investigar se as plantas podem produzir metais como cobalto e zinco de maneira confiável por meio de um processo conhecido como fitomineração, onde as plantas absorvem os metais do solo.

O professor Dr. Peter Erskine disse que o estudo está investigando se este processo, uma vez implementado em grande escala, poderia ser uma opção sustentável para a mineração de metais raros e a transição da mineração movida a carbono. “Atualmente, estamos cultivando plantas usando solo rico em metais e rejeitos de Queensland”, disse o professor Erskine. “Graças a um estudo anterior realizado por pesquisadores da Universidade de Queensland, sabemos que Queensland é o lar de plantas nativas que têm essa capacidade de absorver metais, conhecidas como hiperacumuladores. A pesquisa adicional de fitomineração da Universidade de Queensland tem o potencial de desbloquear um fluxo sustentável de metais críticos, incluindo resíduos de minas e rejeitos, que ainda mantêm metais residuais de interesse. Então, na verdade, a fitomineração pode transformar resíduos em novos recursos”, explicou o pesquisador.

Os pesquisadores estão confiantes de que a fitomineração do níquel poderá rapidamente prosseguir para a produção em grande escala e que a fitomineração do cobalto, tálio e selênio estão no horizonte.

O Ministro de Recursos de Queensland, Scott Stewart, disse que o estudo conjunto tem o potencial de moldar o futuro da mineração do estado. “Os metais de terras raras são vitais para a economia global com a popularidade da tecnologia renovável e dos veículos elétricos crescendo continuamente”, disse ele. “Já sabemos que Queensland tem ricos depósitos de minerais como cobalto, cobre e vanádio. Pesquisas como essa ajudarão Queensland a emergir como líder mundial na extração e processamento desses metais, o que significa mais empregos e investimentos para todos os habitantes de Queensland”, ressaltou o gestor.

O professor Dr. Rick Valenta disse que o fitomineração tem potencial para ajudar a indústria de mineração a enfrentar a queda esperada no fornecimento de metais essenciais. “Lítio, cobalto, cobre e níquel serão cada vez mais importantes para a sociedade à medida que as tecnologias de energia renovável e os veículos elétricos se tornarem mais prevalentes”, disse o professor Valenta. “Mas esses metais essenciais estão se tornando cada vez mais difíceis de serem acessados ​​pela indústria de mineração devido a fatores ambientais, sociais, de governança e técnicos”.

“Sem apoiar métodos alternativos de extração desses metais essenciais, a indústria de mineração pode descobrir que não consegue acompanhar a crescente demanda por eles. A fitomineração é exclusivamente adequada para essa função porque introduz uma abundância de novos recursos que podem ser desbloqueados com métodos menos invasivos e permite a obtenção de metais a partir dos resíduos da mina”, concluiu o professor.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Queensland (em inglês).

Fonte: Professor Peter Erskine, Universidade de Queensland. Imagem: O tecido do floema verde da árvore Hybanthus austrocaledonicus da Nova Caledônia é rico em níquel, o que lhe confere uma coloração verde. Fonte: Antony van der Ent, Universidade de Queensland.

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