Notícia
Planta piloto na Alemanha produzirá hidrogênio renovável com nova tecnologia
Nova tecnologia pode reduzir as emissões de dióxido de carbono em até 40%
Pixabay
Fonte
TUM | Universidade Técnica de Munique
Data
terça-feira, 14 junho 2022 06:30
Áreas
Biotecnologia. Energia. Engenharia Ambiental. Hidrogênio. Indústria. Inovação. Negócios. Sustentabilidade. Tecnologias.
Uma nova planta piloto para a produção de hidrogênio a partir de biogás será construída na Baviera, na Alemanha, fundamentada em uma nova tecnologia que deverá reduzir drasticamente a energia necessária para a produção de hidrogênio em comparação com as tecnologias convencionais. Isso será alcançado integrando o aquecimento resistivo no reator químico. O desenvolvimento técnico e a realização prática desta abordagem são os objetivos do Projeto UE Electrified Reactor Technology (EReTech), que é financiado pela União Europeia e coordenado pela Universidade Técnica de Munique (TUM).
O Projeto EReTech envolve 14 parceiros da indústria, institutos de pesquisa e universidades da Alemanha, Holanda, Itália, Grécia, Bélgica, França, Suíça e Suécia. É financiado através do Programa-Quadro Horizonte Europa (Horizon) com um orçamento total de 9,7 milhões de euros (cerca de R$ 51 milhões). O projeto tem início em junho de 2022 e terá a duração total de 42 meses.
O governo alemão estabeleceu a meta de se tornar neutro em gases de efeito estufa até 2045. Para atingir esse objetivo, os processos de produção intensivos em energia na indústria química – como os usados para produzir hidrogênio – devem ser substituídos por novos, sustentáveis e neutros. Dentro do Projeto EReTech, os parceiros da academia e da indústria na Baviera estão implementando uma usina de hidrogênio que será alimentada por eletricidade de fontes de energia renováveis. O hidrogênio será obtido a partir do biogás.
A usina está sendo construída perto de Eichstätt e fornecerá 130 toneladas de hidrogênio por ano, que serão usadas em postos de abastecimento de hidrogênio, por exemplo. A conclusão está prevista para 2025.
40% menos emissões de dióxido de carbono
“Até agora, a energia para processos na indústria química era fornecida pela combustão fora do reator real”, explicou o Dr. Johannes Lercher, professor de Química Tecnológica da TUM e chefe do Projeto EReTech. A combustão com o ar produz dióxido de carbono em uma forma altamente diluída e também requer significativamente mais energia devido às perdas de transferência de calor. “Em vez do calor da combustão, usamos aquecimento resistivo elétrico dentro dos reatores no Projeto EreTech.”
A startup SYPOX está desempenhando um papel importante na implementação da planta. A empresa foi fundada na TUM e é especializada em reatores químicos aquecidos eletricamente que convertem biogás em hidrogênio de forma neutra em carbono. “Com a ajuda da nova tecnologia, podemos reduzir as emissões de dióxido de carbono em até 40% em comparação com o processo tradicional, sem reduzir a produtividade”, explicou o Dr. Gianluca Pauletto, da SYPOX.
Desenvolvimento técnico requer testes em condições extremas
Além da planta na Baviera, um reator de teste está sendo construído em Geleen, na Holanda, para investigar a resiliência da nova tecnologia para uma ampla gama de aplicações em um ambiente industrial. “Esta instalação nos fornecerá informações críticas e dados de processo para uma maior ampliação da tecnologia. Também nos permitirá oferecer soluções para a indústria química no futuro, abordando reações químicas que exigem alto aporte de energia”, explicou o Dr. Gianluca Pauletto.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Técnica de Munique (em inglês).
Fonte: Stefanie Reiffert, Universidade Técnica de Munique. Imagem: Pixabay.
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