Notícia
Pesquisas sobre fauna orientam empresas no manejo de florestas
Parcerias com a Unesp Botucatu ajudam em certificações do setor e garantem biodiversidade
Divulgação
Fonte
Unesp | Universidade Estadual Paulista
Data
sábado, 18 maio 2019 10:30
Áreas
Geociências, Gestão Ambiental, Monitoramento.
O Brasil tem hoje 7,84 milhões de hectares de eucalipto, pinus e demais espécies para a produção de painéis de madeira, pisos laminados, celulose, papel, produção energética e biomassa. Além da utilização mais conhecida, na construção civil, nas indústrias moveleira e de papel e celulose ou na geração de calor e energia, as flores, frutos, galhos, cascas, madeira e resina podem estar presentes em alimentos, medicamentos, cosméticos, produtos de limpeza, tecidos, combustíveis, tintas e até mantas asfálticas.
O reconhecimento do bom manejo florestal é certificado por programas e entidades como o Forest Stewardship Council (FSC) e o Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor).
Os principais aspectos considerados nos processos de certificação são: responsabilidade ambiental, condições de trabalho, cumprimento da legislação, compromisso social da empresa e garantia de continuidade dos negócios. Como parte importante da responsabilidade ambiental das empresas, estão as medidas de proteção a espécies da fauna e flora ameaçadas, quando identificadas nas unidades de manejo.
Monitoramento da fauna
É recorrente em áreas de produção florestal a manutenção de fragmentos de vegetação nativa, por exigência da legislação ambiental e também para obedecer aos preceitos estabelecidos pelas certificadoras. Esse conjunto forma um mosaico vegetacional composto pela floresta plantada e a vegetação nativa. Monitorada, a presença da fauna silvestre nessas áreas é um importante indicador biológico da qualidade do manejo produtivo realizado pelas empresas.
Dentre os projetos de monitoramento realizados pela FCA em parceria com empresas do setor florestal está o mestrado do biólogo Osório Nascimento Neto, desenvolvido junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciência Florestal. O trabalho tem como objetivo conhecer e monitorar as comunidades de aves em áreas pertencentes à empresa Lwarcell, nos municípios de Borebi e Cabrália Paulista.
O pós-graduando utiliza principalmente a metodologia conhecida como pontos de escuta. Ela determina que o pesquisador fique parado por um período de tempo num ponto da floresta identificando as aves pelo canto ou pela observação. Após esse período, ele se desloca para outro ponto suficientemente distante para garantir a independência dos dados e repete a observação. “É preciso ter muita atenção, pois você pode estar ouvindo mais de um indivíduo da mesma espécie ou um mesmo indivíduo que está se movimentando na área. Isso requer treinamento e equipamentos como um guia de aves, binóculo e gravador para registrar e, se não reconhecer as espécies, identificar posteriormente”, conta Nascimento.
Acesse o conteúdo completo na página da Unesp.
Fonte: Sérgio Santa Rosa, Unesp. Imagem: divulgação.
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