Notícia
Pesquisas na Amazônia Legal promovem desenvolvimento sustentável da região
Os estudos têm como um dos desafios tratar as particularidades de cada região, a cultural local e os hábitos já consolidados das comunidades tradicionais na Amazônia
Roberto Hilário/CNPq
Fonte
CNPq | Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
Data
terça-feira, 4 junho 2019 10:30
Áreas
Biodiversidade, Conservação, Gestão Ambiental, Sustentabilidade.
Pesquisas na Amazônia envolvem troca de conhecimento com comunidade local, aprimoramento do manejo sustentável, geração de renda e conservação ambiental, promovendo uma interdisciplinaridade importante para estudos da região. Esses foram alguns dos pontos apresentados pelos coordenadores de projetos apoiados pela Chamada MCTI/CNPq nº 23/2017 – Apoio a Redes de Pesquisa em Biodiversidade na Amazônia Legal durante dois dias de encontro na sede do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em Brasília, na última semana.
Divididos em três grandes redes – Rede Ripária, REDEFAUNA e BIONORTE FRUTNAT – os 13 projetos financiados pelo CNPq atuam nas mais diversas áreas da região amazônica, com pesquisas sobre biodiversidade em áreas úmidas; diversidade, conservação e uso da fauna; e biodiversidade, ecossistemas e biotecnologia de fruteiras nativas da Amazônia.
À frente dos projetos, pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa de seis estados que compõem a Amazônia Legal (Amazonas, Acre, Amapá, Pará, Roraima e Tocantins): Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônica (INPA), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Embrapa, Universidade Federal do Amapá (UNIFAP), Universidade Federal do Oeste do Paraná (UNIFOPA), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal de Roraima (UFRR), Universidade Federal do Acre (UFAC), Universidade Federal do Amazonas (UFAM) Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade Federal do Tocantins (UFT).
Os estudos têm como um dos desafios tratar as particularidades de cada região, a cultural local e os hábitos já consolidados das comunidades tradicionais na Amazônia. Mas, em comum, a imprescindível relação com os habitantes e a preocupação em atender às necessidades locais. “Toda pesquisa tem que trazer benefícios à sociedade”, avalia o professor Dr. Edvan Alves Chagas, da Embrapa/RR, coordenador da Rede FRUTNAT e do projeto “Pré-melhoramento, cultivo e processamento de fruteiras nativas e sua incorporação no sistema de produção de frutas da Amazônia Setentrional”.
Manejo sustentável da fauna
Uma das preocupações das pesquisas desenvolvidas na região é com a “manutenção dos modos tradicionais de vida e a soberania alimentar dos povos amazônicos”, como aponta o diretor do Instituto Mamirauá, João Valsecchi, e coordenador da REDEFAUNA, ressaltando que, para isso, a integração do conhecimento científico com o conhecimento local é fundamental.
Isso porque, como ressaltam os relatos dos pesquisadores, grande parte da população amazônica vive em regiões onde a pesca e a caça de subsistência é predominante, o que torna tão importante o apoio a pesquisas que buscam promover um manejo sustentável da fauna e da flora para o desenvolvimento local. “A importância da caça na dieta das populações humanas varia de acordo com o ambiente, podendo representar mais de 50% da proteína ingerida em determinados locais e épocas do ano”, aponta, Valsecchi.
É nesse contexto que atua a REDEFAUNA, com foco na importância da pesquisa sobre o uso e manejo da fauna silvestre e o impacto na conservação da Amazônia. O objetivo é levantar características biológicas e ecológicas, e os padrões de caça dos animais da região para desenvolver um modelo de simulação populacional robusto e definir estratégias para o uso sustentável destas espécies no bioma.
Acesse o conteúdo completo na página do CNPq.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq. Imagem: Roberto Hilário/CNPq.
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