Notícia

Pesquisadores australianos criam sistema a laser capaz de diferenciar gases em uma amostra

Os pesquisadores compararam a capacidade do laser em diferenciar distintos compostos de gás em uma amostra ao nariz sensível de um cão de caça

Pixabay

Fonte

Universidade de Adelaide

Data

segunda-feira, 11 junho 2018 11:30

Áreas

Qualidade do ar, Saúde, Tecnologias

Pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália, criaram um laser que pode “sentir o cheiro” de diferentes gases dentro de uma amostra. As aplicações do novo dispositivo não estão apenas no monitoramento ambiental e na detecção de contaminação industrial, mas podem eventualmente ser usadas para diagnosticar doenças “sentindo” o cheiro do ar exalado na respiração.

Os pesquisadores compararam a capacidade do laser em diferenciar distintos compostos de gás em uma amostra ao nariz sensível de um cão de caça. Mas, em vez de cheirar, o dispositivo usa padrões de absorção de luz para medir a composição da amostra. Os pesquisadores, do Instituto de Fotônica e Detecção Avançada (IPAS) da Universidade,  relatam na revista científica Physical Review Applied que o laser pode medir a quantidade de dióxido de carbono em uma amostra de gás em menos de um segundo, com alta exatidão e precisão.

“A capacidade de medir rapidamente a composição do gás com tal precisão é de vanguarda”, diz a autora Sarah Scholten, doutoranda na Escola de Ciências Físicas da Universidade. “Com um maior desenvolvimento, abre-se caminho para o monitoramento e análise em tempo real e de baixo custo que podem ser realizados no campo ou em cirurgias por médicos não especialistas”.

O dispositivo explora uma tecnologia ganhadora do prêmio Nobel, desenvolvida por cientistas americanos e alemães, chamada de “pente de freqüência ótica”. Este “pente laser” gera milhões de diferentes frequências de luz ou cores de uma só vez. Os pesquisadores passam essa luz especial através de uma amostra de gás, onde cada molécula de gás absorve um conjunto distinto de cores. O padrão de absorção de luz é uma impressão digital única da composição de gás da amostra.

“Este primeiro trabalho visa monitoramento atmosférico, no entanto, a técnica é amplamente aplicável e oferece muitas opções para medições de concentração quase universal”, diz o Dr. Chris Perrella, pós-doutorado.

O grupo agora pretende usar o “pente laser” para desvendar a composição química da respiração exalada – nessa situação muito mais complexa, eles esperam encontrar sinais químicos que apontem para uma doença subjacente. O objetivo final é usar o laser como uma ferramenta de triagem que pode descobrir doenças graves.

Acesse a notícia completa no site da Universidade de Adelaide (em inglês).

Fonte: Universidade de Adelaide. Imagem: Pixabay.

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