Notícia

Pesquisador da UFG estuda produção de biocombustíveis com resíduos de frutos do Cerrado

A pesquisa avalia o aproveitamento de frutas como fontes alternativas e não convencionais de origem natural para a produção de etanol

Ana Beskow, divulgação

Fonte

Agência UFG

Data

quinta-feira, 1 agosto 2019 11:00

Áreas

Biotecnologia, Energia, Gestão Ambiental, Sustentabilidade, Tecnologias.

Uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Goiás (UFG) avalia o aproveitamento de frutas como fontes alternativas e não convencionais de origem natural para a produção de etanol. Além dos testes com jamelão, planta de origem indiana que se adaptou bem em várias regiões do Brasil, a pesquisa tem foco principal na produção de biocombustíveis com resíduos de frutas típicas do Cerrado, como a mangaba, a cagaita, o jatobá e até o pequi.

O coordenador da pesquisa, professor Dr. Armando García Rodríguez, do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular do Instituto de Ciências Biológicas da UFG, explica que, atualmente, as matérias-primas mais utilizadas para produção de etanol são a cana-de-açúcar, o milho e a beterraba (principal fonte para biocombustíveis em países da Europa). “Estamos queimando comida”, afirmou Armando García ao apresentar a pesquisa no dia 27 de agosto, durante o NÚCLEO19 – 5º Encontro Nacional de Estudantes de Biotecnologia, no Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG (IPTSP).

Uma reportagem do Jornal UFG mostrou que o foco da agricultura brasileira na produção de matérias-primas como milho e cana-de-açúcar causa uma série de contradições no campo e prejudica os agricultores familiares. Os frutos tradicionais do Cerrado, no entanto, são direcionados para a produção extrativista, pois o plantio dessas espécies é um desafio: as sementes são recalcitrantes (não sobrevivem à secagem ou ao congelamento). Em geral, frutas como a mangaba e a cagaita são utilizadas para produção de alimentos como picolés, geleias e compotas em agroindústrias.

A ideia do professor Armando García é aproveitar os resíduos dessas indústrias para produzir etanol. “É um volume de resíduos muito grande que não é aproveitado. Algumas empresas queimam os resíduos ou adicionam à ração para animais”, afirma García. Para o pesquisador da UFG, no entanto, é possível usar esse material como fonte alternativa e renovável de energia, tendo em vista que diversos estudos apontam que o uso de combustíveis fósseis tende a se tornar inviável nos próximos anos. Apesar de promissora, a pesquisa ainda não saiu do laboratório. De acordo com o pesquisador, é difícil fazer com que essas pesquisas sejam aplicadas pelas empresas. Até o momento, Armando García já orientou sete trabalhos de conclusão de curso e quatro estágios relacionados ao estudo.

Acesse a notícia completa na página da UFG.

Fonte: Secom UFG. Imagem: Ana Beskow, divulgação.

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