Notícia

Pesquisa usa a casca do maracujá para adsorver corantes na água

Estudos comprovam a eficiência deste resíduo como meio alternativo para tratamento da água

Decom, UTFPR

Fonte

UTFPR | Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Data

sábado, 14 maio 2022 11:10

Áreas

Gestão de Resíduos. Indústria. Qualidade da Água. Saneamento.

Pesquisa realizada no Campus Curitiba da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) vem estudando a capacidade da casca de maracujá como material alternativo para adsorção de corantes em água. Os estudos começaram em 2019 com Lucas Lacerda Cabral, aluno do mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA), orientado pela professora Dra. Karina Querne de Carvalho e coorientado pela professora Dra. Poliana Macedo dos Santos.

Utilizando o resíduo da fruta do maracujá (fruto típico da América do Sul, sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais), ou seja, a sua casca, os pesquisadores observaram o seu comportamento em soluções aquosas. Segundo o pesquisador, um dos casos em que os adsorventes convencionais não têm demonstrado eficiência é em relação aos corantes.

“Nos corpos hídricos estes corantes podem causar inibição do processo fotossintético, dificultando a incidência de luz solar e, consequentemente diminuindo a concentração de oxigênio dissolvido na água, prejudicando todos os organismos dessa comunidade. Além disso, a exposição contínua a altas concentrações destas substâncias pode ser prejudicial à saúde humana, uma vez que são substâncias tóxicas e carcinogênicas”, explicou Lucas Cabral.

De acordo com os estudos, os adsorventes convencionais-  como o carvão ativado – têm dificuldade na adsorção de corantes devido a características como recalcitrância, resistência à digestão aeróbia e estabilidade à agentes oxidantes.

Com relação ao carvão ativado a partir da casca do maracujá, os experimentos demonstraram que ele apresentou uma eficiência de remoção de 100% para o corante azul de indigotina, 79% para o amarelo tartrazina e 84% para o ponceau 4R.

Além dos bons resultados da pesquisa, o uso de um material a partir de resíduos contribuiria para o meio ambiente e reduziria os custos do processo comparado aos processos tradicionais.

“Os adsorventes alternativos tem atraído cada vez mais atenção de pesquisadores, por aumentar a viabilidade econômica da adsorção, em contrapartida ao uso de carvões ativados comerciais. Resíduos podem ser adsorventes alternativos, o que possui forte apelo ambiental, visando o reaproveitamento de um material que seria descartado. Dentre estes materiais estão os resíduos agroindustriais, que são abundantes na natureza, possuem menor custo, requerem pouco ou nenhum processamento para sua utilização, além de possuírem alta eficiência em diferentes tipos de remoção. Estes resíduos são encontrados na forma de cascas, sementes e são compostos por moléculas que favorecem o processo adsortivo”, completou o pesquisador.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Fonte: UTFPR. Imagem: Decom, UTFPR.

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