Notícia

Pesquisa demonstra que mudanças climáticas evidenciam desparecimento de lagoas no sertão alagoano

Ufal participa de estudo que aponta o desaparecimento de 1.328 lagoas no Estado

Divulgação, Ufal

Fonte

Ufal | Universidade Federal de Alagoas

Data

terça-feira, 13 agosto 2019 12:00

Áreas

Ciência Ambiental. Clima. Monitoramento Ambiental. Mudanças Climáticas.

Um Acordo de Cooperação Técnica entre a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal de Alagoas e o Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (Cieg) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vem proporcionando uma pesquisa sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas nos corpos hídricos superficiais no sertão alagoano.

Para realizar o mapeamento dos corpos hídricos em períodos secos na área de caatinga em Alagoas, foram utilizadas séries históricas de imagens da família de satélites norte-americano Land SAT. O Centro Integrado Cieg também desenvolveu um novo método para comparação de imagens de 1988 e 2018. Foi identificado um crescimento de açudes e barragens, passando de 2.003 unidades em 1988 para 3.133 unidades em 2018.

“A pesquisa tem o objetivo de estudar a eventual influência das mudanças climáticas para as populações vulneráveis de Alagoas, especialmente as que moram no bioma da caatinga e nas grotas de Maceió. A ideia é sugerir políticas públicas que minimizem os impactos que as mudanças climáticas produzam nas comunidades afetadas”, reforçou a Dra. Débora Cavalcanti, que lidera o Núcleo de Estudos do Estatuto da Cidade (NEST) e coordena o Núcleo de Documentação em Arquitetura e Urbanismo da FAU.

Segundo os pesquisadores, ao analisarem o perfil dos corpos hídricos no sertão alagoano foram encontradas três situações bem distintas. A primeira delas identificou que 1.349 açudes/barragens/lagoas desapareceram do mapa entre uma data e outra, sendo que a maioria (1.288) eram menores que 1 hectare. O segundo grupo revelou que surgiram 2.472 novos corpos hídricos, mas, novamente a maioria (2.325) com área inferior a 1 hectare.

O terceiro e último grupo (660, sendo 489 menores que 1 hectare) refere-se aos corpos hídricos que se mantiveram entre uma data e outra. Ou seja, a dinâmica dos espelhos d’água na caatinga alagoana se refere, essencialmente, aos pequenos açudes, vitais às populações de alta vulnerabilidade social presentes no semiárido alagoano.

No transcorrer da pesquisa, que é contínua, foi constatado que, pelo menos, em três dessas lagoas/ barragens (Açude do DNOCS em Delmiro Gouveia, Lagoa Santa Maria em Pão de Açúcar e Lagoa Funda em Belo Monte), há evidências de que as mudanças climáticas vêm alterando as recargas hídricas, ocasionando o desaparecimento de algumas lagoas, mesmo no período chuvoso da pesquisa de campo.

Acesse a notícia completa na página da Ufal.

Fonte: Diana Monteiro – jornalista, Ufal. Imagem: Divulgação, Ufal.

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