Notícia

Pesquisa da UFSCar busca dessalinização da água mais barata e eficiente

Em todo o mundo, pesquisadores buscam alternativas mais baratas e eficientes, dentre as quais se destaca a deionização capacitiva

Pixabay

Fonte

UFSCar | Universidade Federal de São Carlos

Data

terça-feira, 18 junho 2019 10:15

Áreas

Gestão Ambiental, Recursos Hídricos, Sustentabilidade, Tecnologias.

A dessalinização de água do mar ou de águas subterrâneas salobras esteve em destaque no Brasil nos primeiros meses deste ano, como alternativa para a escassez de água no Nordeste do País. No entanto, a tecnologia no foco das atenções – a osmose reversa, que domina o mercado de dessalinização – é relativamente cara, tem alto consumo energético e exigências de manutenção complexas. Por isso, em todo o mundo, pesquisadores buscam alternativas mais baratas e eficientes, dentre as quais se destaca a deionização capacitiva.

No Brasil, o Laboratório de Tecnologias Ambientais (Latea), sediado no Departamento de Engenharia Química (DEQ) da UFSCar, foi pioneiro na aplicação da chamada deionização capacitiva à dessalinização de águas salobras. O Dr. Luís Augusto Martins Ruotolo, docente do DEQ que coordena o Laboratório, conta que o seu contato com a tecnologia aconteceu em seu pós-doutorado realizado na Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, e que na volta, em 2013, montou o que viria ser o primeiro grupo na América Latina a trabalhar com a técnica para a dessalinização. “Nossa motivação foi a questão do semiárido nordestino, em que há água abundante no subsolo, mas imprópria para o consumo por ser salobra. Nós buscávamos uma tecnologia simples e de baixo custo para instalação em pequenas comunidades e, desde então, vimos desenvolvendo pesquisas em materiais para a deionização capacitiva e sobre o processo em si”, registra.

O processo de deionização capacitiva utiliza dois eletrodos aos quais é aplicada uma voltagem, similar à de uma pilha comum. Assim, um dos eletrodos fica polarizado com carga positiva e outro com carga negativa. Entre eles, passa a água salobra, contendo cloreto de sódio, NaCl (sal de cozinha). O íon de sódio, carregado positivamente (Na+), é atraído pelo polo negativo, e o cloreto (Cl-) fica retido no eletrodo de carga positiva, restando ao final a água própria para consumo, sem sal. Os eletrodos, por sua vez, são compostos por carvão ativado, que pode ser obtido de diferentes fontes e é similar aos utilizados nos filtros domésticos. No entanto, para o uso na deionização, novos materiais precisam ser desenvolvidos, com maior capacidade de retenção dos elementos químicos a serem retirados da água.

Acesse a notícia completa na página da UFSCar.

Fonte: Mariana Pezzo, UFSCar. Imagem: Pixabay.

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