Notícia

Pesquisa avalia potencial de espécie diferente de mandioca para a produção de etanol no Amazonas

Mandioca açucarada apresenta elevado teor de água em sua composição em relação à mandioca tradicional

Érico Xavier, FAPEAM

Fonte

CONFAP | Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa

Data

segunda-feira, 14 novembro 2022 06:10

Áreas

Biocombustíveis. Biotecnologia. Economia. Energia. Engenharia Ambiental. ODS. Química. Tecnologias.

A produção de um biocombustível que possibilite avanço social, ambiental, tecnológico e econômico em médio e longo prazo para o estado do Amazonas, considerando a importância de inserir novas fontes renováveis de energia, é o que pretende a pesquisa ‘Mandioca açucarada, uma alternativa para a produção de bioetanol no estado do Amazonas‘, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM).

Amparado por meio do Programa de Apoio à Ciência, Tecnologia e Inovação em Áreas Prioritárias para o Estado do Amazonas, o estudo visa extrair de forma integral o caldo e as fibras das raízes de mandioca para a produção de etanol, além de agregar valor à agricultura familiar, a partir da utilização do produto pelas próprias comunidades, e investigar a viabilidade da produção de bioetanol através da hidrólise e fermentação das raízes de mandioca açucarada.

De acordo com a pesquisa, ainda em andamento, a produção de bioetanol a partir da biomassa da mandioca açucarada, além de reduzir potencialmente as emissões de CO2 no meio ambiente, contribuirá para fortalecer o crescimento do estado e do pequeno produtor, reduzindo a migração para centros urbanos, gerando empregos duráveis, renda estável para as comunidades locais, além de possibilitar a inserção de uma fonte renovável de energia na matriz energética do estado.

De acordo com a Dra. Leiliane do Socorro Sodré, coordenadora do estudo, doutora em Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia e professora da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), serão avaliados os rendimentos dos processos de hidrólise em relação à quantidade de açúcares produzidos e da produção de bioetanol.

“As raízes de mandioca açucarada já foram caracterizadas em relação aos compostos de interesse, e a matéria-prima está sendo preparada para a produção de etanol através do estudo de pré-tratamento para facilitar o aproveitamento integral da raiz. Estão sendo avaliadas técnicas como o ultrassom e o uso de vapor para facilitar a quebra das fibras e liberação dos açúcares para posterior fermentação e consequentemente produção de etanol; quanto aos tratamentos citados, os resultados são promissores”, comemorou a coordenadora.

A mandioca açucarada apresenta elevado teor de água em sua composição, em torno de 83 %; já na mandioca tradicional o valor é aproximadamente 60%, característica que facilita a extração do caldo que será usado como substrato no processo fermentativo. Quanto à disponibilidade de açúcares, foi encontrado um teor significativo de glicose no caldo extraído da mandioca açucarada, o que facilita o processo fermentativo.

“O processo de produção de etanol a partir da mandioca açucarada é similar ao da cana-de-açúcar e mais simples e barato que o etanol produzido com a mandioca convencional, pois dispensa o processo de sacarificação, na qual amido é convertido em glicose. A eliminação desta etapa reduz em torno de 30% o consumo de energia no processo de produção de etanol de mandioca. Essas características associadas à forma de cultivo mais simples tornam essa matéria-prima uma alternativa em potencial para o estado do Amazonas”, concluiu a pesquisadora.

Acesse a notícia completa na página da Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa.

Fonte: Decom/FAPEAM e CONFAP.

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