Notícia

Pastilhas reduzem proliferação de larvas do mosquito da dengue

Material desenvolvido no Departamento de Química da UFMG foi testado no campus Saúde

Raphaella Dias, UFMG

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

segunda-feira, 25 novembro 2019 08:45

Áreas

Saneamento. Saúde Pública.

Parceria do campus Saúde com o Departamento de Química do ICEx da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) possibilitou a criação de nova tecnologia, de baixíssimo custo, capaz de combater larvas e ovos do mosquito Aedes aegypti mesmo em águas extremamente sujas, como a de esgotos. Trata-se de uma pastilha feita com tijolo de cerâmica tratado quimicamente, que é eficaz em locais inóspitos, como bueiros e ralos, onde não há luz ou água limpa. O larvicida, desenvolvido por equipe coordenada pelo professor Dr. Jadson Belchior, reduziu em mais de 80% a população do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika no campus Saúde da UFMG.

O dispositivo foi criado para atender uma demanda do campus, que tem os bueiros como principal foco de proliferação desses vetores. Esse comportamento foge do habitual, uma vez que o Aedes aegypti costuma depositar ovos em recipientes com água limpa. “Nas unidades do campus, os vasinhos de plantas foram reduzidos. O mosquito provavelmente está fora dos prédios e migrando para dentro. Os bueiros acumulam água parada e nutrientes gerados por folhas secas. E  é justamente disso que os ovos precisam para virar larvas”, detalha o professor Jadson Belchior.

A pesquisa teve início no começo deste ano, em continuidade a estudos desenvolvidos em 2018, também em parceria com o campus Saúde. Essas pastilhas têm como suporte uma cerâmica impregnada com moléculas nocivas à larva, mas com nível de concentração que não faz mal ao ser humano. O material larvicida é liberado de forma lenta e controlada depois de entrar em contato com a água, por cerca de seis a sete semanas, o que inibe o desenvolvimento dos ovos na fase larvária, impedindo-os de eclodir ou matando as possíveis larvas que surgirem.

Menos Aedes

Os dados de monitoramento de mosquitos demonstram que o maior número de vetores capturados coincide com o período em que o larvicida tem sua eficácia reduzida. Ou seja, se a ação do dispositivo diminuiu, a proliferação do Aedes aumenta. No período chuvoso, por exemplo, de janeiro a março, o número de mosquitos reduziu-se de 64 para 13 no campus Saúde, nas semanas seguintes à troca de material. “É muito mais fácil combater o ovo e a larva, porque sabemos onde encontrá-los, do que tentar eliminar depois que se transformam em mosquitos e podem voar para qualquer lugar”, concluiu o professor Jadson Belchior.

Acesse a notícia completa na página do Boletim UFMG.

Fonte: Karla Scarmigliat, Centro de Comunicação da Faculdade de Medicina da UFMG. Imagem: Carol Morena, Medicina UFMG.

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