Notícia

Nova tecnologia remove poluentes usando pentóxido de nióbio imobilizado em suporte de cerâmica vermelha

Facilidade criada na invenção é a imobilização de um fotocatalisador em um suporte de baixo custo, com matéria-prima abundante e de fácil obtenção

Cícero Oliveira, Agecom/UFRN

Fonte

UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Data

terça-feira, 4 abril 2023 06:20

Áreas

Gestão de Resíduos. Indústria. Materiais. ODS. Qualidade da Água. Química. Saneamento. Saúde. Tecnologias.

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) acabam de pedir proteção intelectual para um fotocatalisador capaz de remover substâncias poluentes presentes no esgoto ou nos resíduos gerados por fábricas. A fotocatálise, processo realizado pelo dispositivo, é uma reação química que, por meio de processo oxidativo avançado, pode ser direcionada para um determinado fim. Segundo Ronaldo dos Santos Falcão Filho, um dos cientistas envolvidos, a técnica é bem conhecida no meio acadêmico como processo oxidativo avançado para remoção de micropoluentes.

“Contudo, uma das restrições para aplicação dessa técnica é a dificuldade em se recuperar o fotocatalisador após a aplicação. O que acontece é que geralmente os fotocatalisadores se apresentam como pós finos que exigem operações adicionais para separação do líquido que foi tratado”, explicou Ronaldo, professor do IFRN. O pesquisador destacou que a facilidade criada na invenção é a imobilização de um fotocatalisador em um suporte de baixo custo, com matéria-prima abundante e de fácil obtenção – no caso, a cerâmica vermelha obtida da argila comum. A argila comum, um mineral não-metálico, tem reserva lavrável de mais de 30 milhões de toneladas apenas no Rio Grande do Norte.

O Dr. André Luís Lopes Moriyama, professor da UFRN e orientador do estudo que resultou na descoberta científica, acrescentou que usar o pentóxido de nióbio imobilizado sobre um suporte de cerâmica vermelha se justifica pela necessidade de buscar novas aplicações para esse óxido, agregando mais valor a um produto cuja produção se concentra no Brasil, país que detém mais de 90% da fabricação mundial do elemento.

Além disso, o professor do Departamento de Engenharia Química (DEQ) da UFRN identificou que outra facilidade trazida pela invenção é que, em caso de saturação do material, ele pode ser reciclado por incineração, permanecendo com a mesma capacidade fotocatalítica por, no mínimo, cinco ciclos.

Os testes para análise dessa condição foram realizados no Laboratório de Materiais Nanoestruturados e Reatores Catalíticos (LAMNRC/UFRN), coordenado pelo professor Dr. Carlson Pereira de Souza (DEQ/UFRN).

O grupo de inventores desenvolveu um protótipo em escala de bancada, em forma de pequenas planas de cerâmica vermelha recobertas com o revestimento fotocatalítico produzido com o pentóxido de nióbio, que foram avaliadas em reatores planos expostos à radiação de lâmpadas que simulam a luz do sol. O resultado foi a forma simples de imobilização do fotocatalisador em um suporte de baixo custo, com resistência mecânica e estabilidades térmica e química.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Fonte: Wilson Galvão, AGIR/UFRN. Imagem: Cícero Oliveira, Agecom/UFRN.

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