Notícia

Nova técnica para capturar CO2 pode reduzir emissão de gases de efeito estufa de usinas

Nova técnica utiliza um material altamente poroso chamado estrutura metal-orgânica, ou MOF, modificada com moléculas de amina contendo nitrogênio, para capturar CO2 e vapor a baixa temperatura

American Public Power Association via Unsplash

Fonte

Universidade da Califórnia em Berkeley

Data

sábado, 1 agosto 2020 11:45

Áreas

Biotecnologia. Energia. Mudanças Climáticas. Química. Química Verde.

Um grande avanço na tecnologia de captura de carbono poderia fornecer uma maneira eficiente e barata para usinas de gás natural removerem dióxido de carbono de suas emissões de combustão, uma etapa necessária na redução de emissões de gases de efeito estufa para retardar o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Desenvolvida por pesquisadores da Universidade da Califórnia em Berkeley (UC Berkeley), nos Estados Unidos, a nova técnica utiliza um material altamente poroso chamado estrutura metal-orgânica, ou MOF, modificada com moléculas de amina contendo nitrogênio, para capturar CO2 e vapor a baixa temperatura e liberar o CO2 para outros usos ou sequestrá-lo no subsolo.

Em experimentos, a técnica mostrou uma capacidade seis vezes maior de remover CO2 dos gases de combustão do que a tecnologia atual baseada em amina e se mostrou altamente seletiva, capturando mais de 90% do CO2 emitido. O processo utiliza vapor de baixa temperatura para regenerar a estrutura MOF para uso repetido, o que significa que menos energia é necessária para a captura de carbono.

“Para a captura de CO2, usar o contato direto com o vapor para retirar o CO2 tem sido uma espécie de santo graal para a área. [Esta técnica] é justamente vista como a maneira mais barata de fazer isso ”, disse o pesquisador Dr. Jeffrey Long, professor de Química e de Engenharia Química e Biomolecular da UC Berkeley. “Esses materiais, pelo menos a partir dos experimentos que fizemos até agora, parecem muito promissores”, continuou o pesquisador.

Como há pouco mercado para a maior parte do CO2 capturado, as usinas de energia provavelmente bombearão a maior parte dele de volta ao solo onde, idealmente, se transformarão em rochas. Esse custo teria que ser facilitado por políticas governamentais, como o comércio de carbono ou um imposto sobre o carbono, para incentivar a captura e o sequestro de CO2, algo que já foi implementado em muitos países.

O estudo foi financiado pela empresa ExxonMobil, que está trabalhando com o grupo de Berkeley e a start-up Mosaic Materials para desenvolver, escalar e testar processos para eliminar CO2 das emissões.

Os resultados da pesquisa foram publicados recentemente na revista científica Science.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Califórnia em Berkeley (em inglês).

Fonte: Robert Sanders, Universidade da Califórnia em Berkeley. Imagem: Usina em Santa Clara, Estados Unidos. Fonte: American Public Power Association via Unsplash.

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