Notícia
Nos Países Baixos, institutos unem forças para pesquisar mudanças climáticas e poluição do ar usando satélites
Criação do consórcio ‘Clear Air’ visa fortalecer a posição de destaque dos Países Baixos no uso de satélites para medir as emissões e a composição da atmosfera
Divulgação
Fonte
TU Delft | Universidade Tecnológica de Delft
Data
sexta-feira, 4 fevereiro 2022 06:20
Áreas
Ciência Ambiental. Meteorologia. Monitoramento Ambiental. Mudanças Climáticas.
O Real Instituto Meteorológico dos Países Baixos (KNMI), a Organização para a Pesquisa Científica Aplicada dos Países Baixos (TNO), o Instituto para Pesquisa Espacial dos Países Baixos (SRON) e a Universidade Tecnológica de Delft (TU Delft) colaborarão na pesquisa e desenvolvimento de tecnologia no campo da observação da Terra. A criação do consórcio Clear Air visa fortalecer a posição de destaque dos Países Baixos no uso de satélites para medir as emissões e a composição da atmosfera. Autoridades públicas e empresas poderão usar esse conhecimento para limitar as mudanças climáticas e melhorar a qualidade do ar e a biodiversidade. A cooperação foi formalizada com a assinatura de um memorando de entendimento e a publicação de um documento de visão descrevendo os objetivos dos parceiros.
As emissões de gases de efeito estufa, nitrogênio e poluição do ar representam grandes desafios para a sociedade. Mais de 200 países já assinaram o Acordo Climático de Paris, que visa reduzir o impacto nocivo dos gases de efeito estufa sobre o clima. A poluição do ar causa mais de quatro milhões de mortes prematuras a cada ano e mais de 90% da população mundial vive em áreas onde a qualidade do ar está abaixo do padrão da OMS. Além disso, as emissões de nitrogênio nos Países Baixos – mas também em outras partes da Europa – são responsáveis por uma perda de biodiversidade em áreas naturais e danos à economia.
Medições precisas com satélites
Para reduzir um tipo de emissão, é muito importante saber, com a maior precisão possível, qual é a sua fonte e como ela se dispersa na atmosfera. Instrumentos e dados de satélite desempenham um papel único nesse desafio. Eles oferecem observações globalmente consistentes, precisas e comparáveis de substâncias e gases nocivos e sua dispersão. Isso é importante porque apenas um número limitado de tais medições é feito atualmente e os dados de emissão são frequentemente baseados em estimativas. As medições dos satélites permitirão realizar pesquisas científicas e projetar e monitorar políticas eficazes.
Por meio de investimentos governamentais nas últimas décadas, os Países Baixos conquistaram uma posição de liderança mundial em tecnologias de satélite que são usadas para monitorar e mitigar as mudanças climáticas e a qualidade do ar. Isso inclui tanto a pesquisa científica quanto o desenvolvimento de tecnologia. O instrumento espacial holandês TROPOMI, por exemplo, mapeia o mundo inteiro todos os dias para a poluição do ar (dióxido de nitrogênio) e gases de efeito estufa (metano). Para continuar desempenhando esse papel de liderança globalmente, os Países Baixos deve fortalecer ainda mais a pesquisa científica e a inovação tecnológica no campo da observação da Terra. Isso requer uma colaboração estrutural: o consórcio Clear Air.
Necessidade de novas informações atmosféricas
Cada um dos parceiros do consórcio desenvolveu sua própria experiência em diferentes áreas, que vão desde a medição de emissões, desenvolvimento de modelos para química atmosférica e processamento de dados de satélite, até o desenvolvimento e produção de instrumentos de satélite inovadores. A combinação dessa experiência pode ser usada para desenvolver produtos e instrumentos de dados que forneçam novas informações atmosféricas à ciência, governo e indústria. O consórcio Clear Air está começando com uma equipe de quatro sócios. No próximo período, os envolvidos considerarão se o consórcio pode ser expandido para incluir outros institutos de pesquisa holandeses e se podem ser estabelecidas colaborações internacionais.
Acesse o documento publicado pelo Consórcio Clear Air (em inglês).
Acesse a notícia completa publicada na página da TU Delft (em inglês).
Fonte: TU Delft. Imagem: Divulgação.
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