Notícia

Mudança climática em curso pode alterar interação ecológica entre espécies

Estudo prevê que equilíbrio entre predadores e presas será afetado pela temperatura, com consequências desastrosas para os ecossistemas

Pixabay

Fonte

Jornal da Unicamp | Universidade Estadual de Campinas

Data

quinta-feira, 21 fevereiro 2019 11:35

Áreas

Biodiversidade, Conservação, Gestão Ambiental, Mudanças Climáticas.

Herbívoros, onívoros, carnívoros, insetívoros, frugívoros, carniceiros e decompositores. Os ecossistemas da Terra funcionam em uma formidável teia de interações entre plantas, animais, insetos, fungos e microrganismos. Uma parte fundamental dessas interações reside no equilíbrio da cadeia alimentar entre predadores e herbívoros, que regula a produção vegetal do planeta.

Esse equilíbrio entre predadores e presas que se alimentam de plantas pode ser alterado em decorrência das futuras mudanças climáticas. A conclusão é de uma pesquisa apoiada pela FAPESP e publicada na revista Nature Climate Change.

“No estudo, traçamos as causas dessas mudanças e demonstramos que elas são explicadas por componentes do clima, especialmente da temperatura, que serão alterados no futuro”, disse o Dr. Gustavo Quevedo Romero, professor do Instituto de Biologia (IB) da Unicamp e autor principal do artigo.

Segundo o pesquisador, as mudanças climáticas podem redistribuir a força das interações ecológicas entre as espécies de presas e predadores. Os resultados mostram que temperaturas mais altas e um clima mais estável e menos sazonal levam a uma maior pressão de predação. Porém, a maior instabilidade no clima que acompanha as mudanças climáticas em curso, especialmente nas regiões tropicais, levará a uma diminuição geral na pressão de predação nos trópicos. Em contraste, algumas regiões de zonas temperadas sofrerão aumento da pressão de predação.

“Essa reorganização das forças de interação entre espécies poderá ter consequências desastrosas para o funcionamento dos ecossistemas terrestres e afetar os serviços ecossistêmicos que eles oferecem, como o controle biológico e o ciclo de nutrientes”, disse o Dr. Romero.

Os agricultores orgânicos nos trópicos, por exemplo, dependem do controle biológico exercido pelos inimigos naturais das pragas de lavoura. No entanto, as mudanças climáticas previstas poderão diminuir a efetividade desses predadores no controle de pragas.

Acesse a notícia completa na página do Jornal da Unicamp.

Fonte: Peter Moon, Agência Fapesp. Imagem: Pixabay.

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