Notícia

Material pode degradar moléculas de antibiótico que contaminam a água

Eletrodo com filmes de dióxido de irídio e óxido de nióbio em substrato de titânio apresentou ótimos resultados na remoção de levofloxacino, fármaco considerado um poluente emergente

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Fonte

Agência FAPESP

Data

quarta-feira, 28 fevereiro 2024 10:45

Áreas

Bioquímica. Biotecnologia. Engenharia Ambiental. Gestão de Resíduos. Materiais. Microbiologia. Qualidade da Água. Química. Saúde. Tecnologias. Toxicologia.

O levofloxacino é um antibiótico comumente usado no tratamento de pneumonia, rinossinusite bacteriana, prostatite bacteriana, pielonefrite, infecção do trato urinário, doenças infecciosas da pele ou de estruturas da pele, entre outras condições.

Contudo, o fármaco é considerado um poluente emergente em razão de sua baixa degradabilidade nas estações de tratamento de águas residuais, o que o torna altamente prevalente nas águas disponíveis. O consumo generalizado de levofloxacino e sua elevada toxicidade – incluindo possível efeito como desregulador endócrino – agravam os impactos da substância ao meio ambiente.

Pesquisadores de diferentes universidades e institutos paulistas se uniram com o intuito de desenvolver métodos capazes de remover com eficiência o composto de matrizes aquosas ou de convertê-lo em subprodutos biodegradáveis e de baixa toxicidade.

Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o estudo obteve ótimos resultados na degradação desse antibiótico em amostras de água simuladas e reais com auxílio de eletrodo desenvolvido a partir de filmes de dióxido de irídio e óxido de nióbio em substrato de titânio. Os detalhes foram descritos em artigo publicado na revista científica Electrochimica Acta.

Os filmes foram obtidos pelo método Pechini modificado e o eletrodo, após caracterização morfológica, estrutural e eletroquímica, foi utilizado para a degradação do antibiótico por meio de diferentes processos, incluindo eletrólise e fotoeletrocatálise.

O material apresentou excelente atividade fotoeletrocatalítica e alta estabilidade, além de uma grande área de superfície eletroquimicamente ativa. Os resultados foram considerados excelentes, indicando boas perspectivas para o tratamento e a remoção de poluentes orgânicos presentes na água.

Entre os autores do artigo está a Dra. Lucia Helena Mascaro, coordenadora de pesquisa do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), professora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e também pesquisadora do Centro de Inovação em Novas Energias (CINE).

O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP sediado na UFSCar; e o CINE é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) apoiado por FAPESP e Shell.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.

Fonte: Agência FAPESP e CDMF. Imagem: freepic.diller via Freepik.

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